Lima Duarte, no filme do Ugo Giorgetti, precisa falar com o time do Palmeiras antes dos clássicos com o Corinthians… Tudo que a equipe tem jogado e se superado fora de casa, tem entrado em parafuso não apenas em Itaquera. Ou não tem mesmo entrado.
Um minuto. O tempo que levou para Thiago Santos deixar de ser herói ao receber livre e em posição irregular e mandar uma bomba na trave de Cássio, aos 36, e virar vilão pelo gol perdido e, na sequência, ser o segundo driblado em lance espetacular de Pedrinho, que serviu para Jadson dar a Maycon o gol que serviu ao artilheiro Rodriguinho, aos 37.
Não deu um minuto para tudo isso acontecer nos primeiros 45 chochos. Apenas três chances para os mandantes campeões de 2017, só duas para os melhores visitantes de 2018. Esperava-se bem mais. Pedrinho e Rodriguinho brilharam no gol, mas pouco mais fizeram – no primeiro tempo. O Palmeiras foi com Keno aberto pela direita fazendo belos lances contra o frágil Sidicley. Mas pouca luz se produziu na primeira etapa mais marcada e amarrada que jogada.
Na segunda etapa, Roger manteve o 4-4-2 espelhado no esquema de Carille, com Lucas Lima próxima a Borja como Rodriguinho e Jadson. O Palmeiras chegou três vezes com perigo até 12 minutos. E depois parou. Não sei se foram as mudanças que não deram certo de Roger, mesmo sacando o improdutivo Lucas Lima, Thiago Santos que não foi feliz, e Borja que demorou a sair aos 29. Quando o Corinthians já dominava o clássico e merecia à frente a sorte das três bolas na trave no jogo que seria todo alvinegro até o fim.
Com Maycon (melhor em campo ao lado de Jailson) mandando desde o meio-campo, Pedrinho mais uma vez desequilibrando tecnicamente a partir da direita, e Romero mais uma vez irritando os rivais pela disposição sem a bola, e até a provocação (de jogo) ao matar uma bola na cabeça e ficar com ela enquanto o Palmeiras bovinamente aceitou o mando de campo e de jogo do Corinthians.
Um Corinthians que sabe fazer os gols que os rivais desperdiçam. E que parece se superar enquanto o Palmeiras tem deixado de jogar o que pode contra o maior rival.