Sua técnica não me basta. Seu talento, também não. Seu status diante dos outros, meu caro, evidente que não. Os números imponentes por outros times, a disputa que travaram pela sua contratação, quantos mil reais custaram a assinatura do seu contrato. Nada disso é maior que o que tanto faltou.
Faltou entender onde estava, contra quem jogava e por qual camisa estava em campo. Entender, de uma vez por todas, que um clássico diante do maior rival não é treino, não é quadro negro do professor pra discutir qual esquema é mais eficiente, qual o desenho de blá blá blá. Clássico se vence, ou ao menos se disputa como final de Copa do Mundo. Todas as vezes. Até no sub-11.
Que fique claro, todo o entorno é importante, tudo o que foi citado, tem seu tamanho e sua relevância. Em um projeto, em um pré. Não no duelo contra quem vai morder seu calcanhar em todo lance. É mais que técnica, é combinar essa característica com muito tesão por vencer. Vocês não souberam o que é um Parmera e eles. Não souberam.
Não estamos pedindo o fim, não queremos quebrar um bom projeto estável e que tem tudo pra acontecer, mas é função alertar que não bastará. Libertadores à porta e é nessa porta que vocês precisam chegar, no mínimo, de voadora. O Palmeiras gosta de gente talentosa, mas o Palmeirense ama quem ama ser Palmeiras a cada 90 minutos.