O Pelé da bateria. Ou melhor: o Pelé, Garrincha, Messi, Cruyff, Beckenbauer, Buffon e os Ronaldos. Todos juntos. Todo esse povo e mais alguns nesse polvo de baquetas.
Não que ele fosse o Rush. Mas o Rush sem ele é apenas uma baita banda. Única. Como ele que parecia tantos. E só ele foi o que é.
Ainda mais porque ele também fez meu Luca ser baterista. O Fernando o ensinar. O Cecchini batucar em todas as aulas. O Vito o honrar. O Ivan Busic chorar como muitos bateristas geniais como ele estão agora sem palavras. Como ficaram anos tantos ouvindo LPs, CDs, K7s, VHS, LDs, DVDs, Blu-Rays. PQP! Todas as tecnologias que não conseguem tocar o que ele tocou.
O que me tocou quando nesse dia da foto ele e a banda começaram aquela avalanche inicial de SPIRIT OF RADIO. A que abriu esse show no Morumbi em 2010. O primeiro que fui com meu mais velho. Quando ele não teve mais dúvidas sobre qual seria o instrumento dele. E quem era o dono da bateria no mundo.
John Bonham tocava a mais bela batera. Keith Moon a derrubava. Carl Palmer me fez querer tocar bateria ao menos uma vez. Larry Mullen Jr. toca na banda que mais me toca.
Mas quem me cativa mais e quem elevou meu mais velho foi quem partiu em silêncio para tanto barulho.
Neil Peart é como se fosse goleiro do Palmeiras. Eu não precisaria mais dizer algo. Afinal ele feu show no Morumbi como se fosse Leão e Marcos. Mas pelo que meus amigos fãs do Rush choram, e pelo que os bateristas hoje não conseguem erguer as baquetas, um minuto do melhor barulho do rock em homenagem ao big drummer boy.
Obrigado, Neil. Você é tão de casa que nossos filhos entraram na cerimônia quando casamos com LIMELIGHT.
Aproveita que você chegou aí em cima e dê um abraço apertado no Stevie Ray e no Buddy Holly.
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