Certo dia, tive a ideia de abrir um espaço no @ClickParmera, chamado de #ClickFamília para que os seguidores mandassem seus textos, suas fotos e suas obras. O seguidor Paulo Joabne, no entanto, me enviou uma obra boa demais para que ficasse eternizada apenas em uma página de instagram. Pedi então, a benção do chefe para postar o texto em um espaço mais digno. Aqui. Aproveitem:
Hoje em dia, nem todo menino sonha em ser jogador de futebol, com o avanço dos clicks e toques, a sensibilidade aumentou e a notória geração mimimi toma conta. O sonho maior agora é ser youtuber, ser famoso, sem precisar correr ou sequer – chutar uma bola. Nessa transição cheia de emoções, os estudiosos, ditos como “modernos”, se tornaram as grandes e principais opções dos clubes de futebol, o tiozinho que passou a vida vivendo da bola, perde a credibilidade pelo simples fato de ser – Velho.
Os tais modernos, que pouco variam de um 4-3-3 fadigado, sem grandes emoções, sem domínio com o elenco e os atletas cada vez mais mimados, tem provado cada vez mais que o futebol necessita de experiência e talento.
Nada adianta dar 800 toques na bola por partida, onde você termina com um gol a menos que seu adversário.
Nada adianta correr de terço em terço de campo, se seus jogadores não o respeitam;
Nada adianta dominar triangulações, se há uma pouca e notória vontade de fazer gol.
A experiência em campo, traz mais que belos cursos profissionalizantes ou desmoralizantes. A tal da modernidade no futebol faz com que diminuamos os custos e cortar pessoas, eu discordo, prefiro a simbiose de antes, auxiliar do técnico, auxiliar ao técnico, enxergar a técnica que o técnico não enxerga.
Hoje o mundo é dominado pelo novo, o novato é mais confiante que o veterano, num mundo onde o 4-1-4-1 domina, o talento chega a ser escanteado e pouco divulgado, a malícia deu lugar ao VAR, que VAR funcionar pra alguma coisa que não seja transformar o árbitro no MVP da partida.
Que volte o velho! E que o velho volte! Que não seja o irmão de Caim, que nada fez pra academia, que seja quem tem vontade, que seja velho com espírito de ódio. Que não falte raiva, que não falte sangue pra ser o melhor e extrair o melhor de tantos meninos mimados.
No universo de poucas vontades, que a gritaria domine e que o grito traga a emoção e falta de gogó pra gritar gol, que o salgado da lágrima misturado com o suor, nos façam sentir o gosto da glória da vitória. Não adianta catequizar atleta, eles querem e precisam ser dominados e lutar pelo seu líder e entoar o hino da sua bandeira.
Que não seja 4-1-4-1, e que, até seja, mas que traga consigo a ira, com a vontade de ter raiva da bandeira adversária.
A autoria do texto é inteiramente de Paulo Joabne.