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Ninguém é obrigado a ganhar, mas é obrigatório ser Palmeiras

Ninguém é obrigado a ganhar, mas é obrigatório ser Palmeiras

O Santos de Pelé não era “obrigado” a ser campeão de tudo. As Academias do Palmeiras não eram obrigadas – aliás, no SP-74, parecia para o mundo e para a mídia que era ela a zebra que estava 20 anos sem títulos, e não o Corinthians por ela derrotado. Flamengo de Zico 80-82, São Paulo de Telê 91-93, Palmeiras da Parmalat. Ninguém era obrigado. Ninguém é nem aqui e nem na China (na França o PSG é; na Alemanha, o Bayern também virou).

Claro que “deveria” ter conquistado o SP-18 perdido nos pênaltis e nas polêmicas. Melhor campanha melhor que o próprio futebol do time que perdeu ainda sem ganhar Scarpa, que só na final teve disponível Diogo Barbosa, que não teve na finalíssima Felipe Melo, que não teve o mais disposto Lucas Lima.

Mas pelo que é o futebol sul-americano que ainda é possível conquistar lá em novembro, ainda está distante do ideal como o final da temporada e a final da Libertadores. O Palmeiras tem potencial para ser o melhor. Mas ainda não é. Precisa saber que não é. E precisa que todos saibam que não é mesmo.

Antonio Carlos fez com Balbuena a zaga da Seleção do meu Paulistão. Jogou muito mais do que eu sabia. Mas ainda sabemos que ele e Thiago Martins não são Mina e Vítor Hugo. Não formam uma zaga campeã ou para uma saga vencedora. Não é cobrar demais deles – já cornetando. É cobrar mais para que venham nomes mais confiáveis.

Quem? Também isso não sei. Quem foi tentado foi inviável. Quem ainda se tenta não sei. Mas sei que se tenta. E também para isso precisamos daquilo que você vai me xingar ainda mais a partir de agora. Calma, amigo. Ainda não desista. Leia até o fim:

Paciência.

Pronto! Pode me xingar.

Mas é isso mesmo. Paciência. Vai chegar mais um zagueiro. Vai. Vai voltar a bola e disposição de Lucas Lima. A regularidade de Dudu. Os gols do Borja (futebol dele é outra coisa). O equilíbrio do Felipe Melo. O ritmo do Moisés. O Scarpa um dia volta. A compactação e aproximação da equipe uma semana volta. Um encaixe e padrão do time um mês volta.

Paciência (com tudo). Comigo pode me chamar de isentão, vendido, comprado, alugado, mureteiro, nepotista, SóTáAíPorqueÉFilhoDoJoelmir, corintiano, imprensinha, passador de pano, textão sem testículo, careca, peruquento, cabelinho, craque Neto, Bolsonaro, Freixo, frouxo, Temer, Lula, Gilmar Mendes, Reinaldo Azevedo, Joice Hasselman, Zé de Abreu, Kim Kataguiri, vai catar coquinho!

Mas de impaciente você não pode me chamar, Clark Kent e sommelier de gente.