Em agosto de 1974 eu me senti como o elenco do Jorge Wilstermann em março de 2017. Foi a primeira vez que fui ao Palestra. Ele era maravilhoso. Lindo. Espetacular. O nosso lar. Onde a gente mais se desentende como gente.
Não estádio de primeiro mundo. De único mundo. O nosso universo. Nosso. Nossa casa, nossa vida.
Em setembro de 2014 tive a honra junto com Jaime Queiroz e Canal Azul de estrear nosso primeiro documentário, no primeiro evento do Allianz Parque. Em novembro, WTorre, AEG e Palmeiras me deram o privilégio de ser mestre de cerimônia da inauguração.
Em dezembro de 2015 o Fernando Prass me deu a alegria de chutar a última bola da terceira Copa do Brasil. Em novembro de 2016 ele e Jailson me obrigaram a chorar pela primeira vez na carreira, no ar, quando trocaram de posição na nona conquista nacional do Palmeiras, bem pertinho da Nonna dos meus filhos, do meu amor de mulher, e da nova filhinha que meu segundo casamento me deu.
Há exatamente um ano, o Wilstermann se encantou com o Allianz Parque. Eu estava há um ano na mesma data fazendo também um jogo no Rio de Janeiro, transmitindo Liga dos Campeões pelo Esporte Interativo. Estive na redação vendo a estreia do Palmeiras em casa em 2017, e não na cabine da Jovem Pan. Ou como meus filhos na arquibancada desse estádio que maravilha até quem não é Palmeiras.
Honestamente, confesso. Não sei se o Allianz Parque é tudo isso que todo mundo fala.
É como quando me perguntam se meus filhos são bonitos. Se minha mulher é linda. Se nossa camisa é bonita. Se o Allianz Parque é tudo isso…
Como vou responder?
Ele já era maravilhoso quando não era, em 1974.
Desde 2014, ele é o quê, então?
Ele é a reação dos nossos adversários.
Ele é a reação do nosso time na Libertadores.
Maravilhosa.