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Ataque para de funcionar e Palmeiras sofre após Copa América

O jogador Gustavo Scarpa, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do CR Vasco G, durante partida válida pela décima segunda rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.
O jogador Gustavo Scarpa, da SE Palmeiras, comemora seu gol contra a equipe do CR Vasco G, durante partida válida pela décima segunda rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.

Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

O Palmeiras vive o seu pior momento desde que Felipão assumiu a equipe há um ano. Com cinco jogos seguidos sem vitória, a equipe alviverde tem demonstrado uma grande dificuldade de marcar gols, e sua força defensiva, que só havia sofrido 9 gols até o início de julho, também começou a demonstrar grandes falhas.

Desde que o Verdão voltou a jogar após a parada da Copa América, foram apenas 5 gols marcados em seis jogos. Deyverson que era o titular absoluto da posição do ataque viu Scolari cansar da sua titularidade.

Borja ganhou uma chance, fez gol e logo foi poupado para a entrada de Arthur Cabral, que contra o Vasco até que lutou mas não foi o atacante que a torcida esperava.

Os números de gols divididos pelo elenco do Palmeiras demonstram a dificuldade do clube em balançar as redes. Gustavo Scarpa, com oito gols, é quem mais marcou, seguido de Deyverson com seis.

Gabigol, artilheiro do Brasileirão, já tem nove gols somente no campeonato nacional. Mais que qualquer atleta alviverde em todo 2019.

De acordo com o site de estatísticas Footstats, nos últimos 6 jogos o Palmeiras precisou de 17,4 finalizações para fazer 1 gol, a 3ª pior marca de eficiência ofensiva dos vinte times da Série A.

Somando os três atacantes do elenco alviverde, foram apenas 11 gols neste ano. Nenhum deles está entre os 20 atacantes que mais marcaram dentre os 20 times da série A em 2019.

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O Palmeiras que ano passado conquistou o Brasileirão com o melhor ataque da competição, deu adeus à liderança sendo ainda o segundo melhor ataque do campeonato, ao lado do Atlhetico, com 20 gols, perdendo apenas para o Flamengo que tem 25.

Antes da parada, o Verdão goleou Fortaleza e Santos por 4 a 0 com grandes exibições, jogos que serviram pros números ofensivos do Verdão aumentarem.

Porém partidas como Internacional, tanto no BR quanto na Copa do Brasil e Atlhetico já escancaravam a dificuldade na criação ofensiva e de tudo que estava por vir.

Nesta terça-feira, diante do Godoy Cruz, Miguel Borja deve receber mais uma chance de Felipão. O artilheiro do Verdão em 2018 fez apenas quatro gols nesta temporada. Nessa mesma época do ano passado, o colombiano já tinha 15 gols marcados.

Fato é que o esquema reativo e vertical de Felipão parece ter esgotado o seu elenco, que na falta de repertório segue lançando laterais na área e buscando ligações diretas cada vez mais inúteis.

É preciso testar um novo esquema, fazer algo diferente. Gostar mais da bola. Agredir o adversário com mais jogadores dentro do campo de ataque. O Palmeiras tem um estilo que muitas vezes se provou eficaz, porém quando é neutralizado pelo adversário o time sente muitas dificuldades.

Pelo elenco que tem, pelo ingresso que cobra, é dever do Palmeiras jogar um futebol melhor, balançar mais as redes do adversário e consequentemente fazer as pazes com a vitória.