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Nunca fui santo. Já foi campeão!

Nunca fui santo. Já foi campeão!

Nunca fui santo

E talvez nunca seja. Não precisa ser. Foi-se o tempo em que os goleiros do Palmeiras conviviam com o fantasma do Santo de luvas. Desde Fernando, a profissão da meta mudou de mãos. Esteve nas luvas experientes de um campeão, que, compadecido, viu surgir um jovem que ocuparia seu lugar na medalha olímpica e buscaria seus passos na Academia.

Dá pra dizer que todo jogador tem seu dia de batismo. Ele cresce, evolui, progride, atinge algo que parece o auge, mas a prateleira muda depois de noventa minutos de cinema. Em noite em que era preciso vence, pelo bem e pelo mal, Weverton foi ungido como goleiro da Sociedade Esportiva Esperança.

Verde, a cor de quem acredita, viveu noite de horror. Sofreu, sentiu, brigou, lutou, fez o que pôde, rezou pro que não pôde, agradeceu por ter alguém que certamente fará história debaixo das traves do Allianz Parque. Foi muito mais por ele do que por juízo ou atuação. Não foi sorte, foi por baixo, pelo alto, no chute forte, no chute colocado. Foi no pênalti que quase ninguém pegaria.

O Ceará foi homem com H. Guerreiro do Nordeste. Esforço digno de música, mesmo. Empatou, mas os milímetros do computador impediram a festa. O Palmeiras, em pura e simples missão de acreditar no impossível, vibrou pelas divididas, pelas inúmeras defesas inacreditáveis de seu goleiro em noite para sempre.

Aquele carrinho de Zé Roberto. Aquele chute de Dudu no Maracanã. Aquele dias emblemáticos que no 1% de chance te fazem crer 99% com fé. Não importa quanto será, quantos pontos restarão ou quantas rodadas ainda restem. É a dor e a tensão de dar o que tem e seguir imaginando que um milagre acontece.

Wéverton foi batizado. Nunca fui santo. Já foi campeão. Está no melhor ano da vida. Porque não acreditar, de novo, que tudo acabe em festa?

Não custa. Faz um bem danado.