Há 40 anos, meus pais não sabem, dormi com o radinho de pilha ligado na @jovempansportsoficial pra ouvir o Palmeiras meter 4 a 2 no Alianza, em Lima, na estreia da Libertadores. Era o que dava pra fazer. Não tinha TV ao vivo. Tinha Dante cedinho. Não tinha escolha tão tarde da noite.
Hoje, depois de comentar no Rio o Miracle United na Champions pelo Facebook do @esporteinterativo, peguei o primeiro voo pra São Paulo pros braços do meu amore Biondina e pra ficar perto da Mamma que não está tão bem quanto @onossopalestra.
Não pegou a Fox pelo celular. O Globoplay era do Rio com o Fluminense. O Wi-Fi rolou no voo. O WhatsApp me conectou com meus filhos. O caçula virou o smartphone dele pra TV e deu pra ver assim o jogo que quando puder eu verei desde o belo gol de Scarpa. Até o gol do Marcos Rocha que já vi no táxi no app da Globo.
Há 40 anos não vi em casa um jogo que só pelo velho companheiro rádio eu acompanhei – e não fosse a escala de hoje da TV que agora é Facebook, pela mesma Pan eu comentaria. Esta noite eu estava voando e vendo pela imagem do celular do meu filho mais uma vitória verde.
A imagem não era nítida, você vê pela foto o que quase não vi na poltrona 12C. Como também não seria naqueles tempos de fantasmas e Bombril na antena.
Mas fico pensando em 40 anos o que veremos. E por que meio.
Mas a emoção que senti quando Marcos Rocha deu aquele pique para aproveitar o passe do Borja lembra os dois gols do Jorge Mendonça em 1979 que ouvi criança.
Tudo muda. Menos o nosso grito de gol. Esse não tem mudo e nem modos. Só criança.