4 milhões de renda. Aplausos. 11 milhões em 8 dias, mais aplausos. Resultado: uma torcida cada vez mais impaciente. E ela está certa. O torcedor paga e paga bem caro para ter um retorno minúsculo.
Errado está o clube de tratar o torcedor apenas como cliente – VIP. Paixão não se monetiza. O coração verde fica mais dilacerado ao ter que pagar tanto e sofrer mais um bocado.
A conta é simples: quanto mais dinheiro cobra e mais renda acumula, mais cobrança e impaciência terá das arquibancadas. É a troca de quem só pensa em lucro.
Não julgo quem critica ou quem vai para o estádio para ver o jogo sentado. Esse é o tipo de torcedor que o Palmeiras está colhendo.
Ingresso mais caro do que ver o Real Madrid no Santiago Bernabéu e uma bolinha minúscula mais uma vez.
De que adianta o cofre cheio, e o clima do estádio cada vez mais frio e bélico? É preciso pensar no ganho esportivo antes do financeiro.
Libertadores não se ganha com esse espírito de rico mais pobre do mundo. Libertadores é alma, é grito, é união. É pensar em todos. O culpado está longe de ser o Antônio Carlos, que pra mim mesmo com as duas falhas é um dos melhores jogadores do ano.
Cobre de quem gastou 25 milhões em 3 zagueiros reservas e permanece no discurso, “o ingresso tem que ser caro se quiser ter time forte”.
Ok, compra quem quer…