Ao final de 2023 eu estava convicto de que Endrick seria o melhor e maior talento que eu veria em vida surgir da base do Palmeiras. Parecia um pensamento justo e quase óbvio. Um ou outro torcedor mais emocionado alertava sobre o surgimento de um garoto um ano mais novo e que carregava o apelido de ‘Messinho’ no início da adolescência.
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Como eu acompanhava o futebol de base, tinha certeza que Estêvão era um grande talento, mas que demoraria mais para ter condições físicas de competir no nível profissional – coisa que Endrick mostrou ser completamente fora da curva desde os 15 anos. Enquanto um foi o dono absoluto do primeiro título de Copinha da história do clube, o outro não conseguiu sobrar tanto em contexto similar.
Seis meses depois, dou o braço a torcer. Eu estava errado. O semestre de Estêvão é para assustar o mais pragmático analista. As comparações com Neymar se tornaram corriqueiras. O camisa 41 do Palmeiras já decide jogos da Série A do Brasileirão com naturalidade e demonstra seu repertório completo com dribles desconcertantes, passes precisos e chutes tanto de longa como de curta distância.
Abel Ferreira percebeu antes de mim, rasgando elogios a Estêvão da forma que nunca havia feito com Endrick. O canhoto de 17 anos já é o artilheiro do time no campeonato e também o principal jogador. Quer dizer que um é melhor que o outro? Não necessariamente, pois são posições e estilos muito diferentes. Mesmo assim, hoje vejo o mais jovem com um teto mais alto de evolução.
Longe de criar qualquer rivalidade, temos que ser gratos por vê-los no Palmeiras e lamentar pelo tão pouco tempo. Acredito que torceremos por eles juntos na Seleção Brasileira no futuro bem próximo.