Breno Lopes deu as caras três dias após ofender a torcida do Palmeiras no Alllianz Parque ao final de partida decidida por ele no apagar das luzes. O errático “rei dos acréscimos” e dono de um dos gols mais importantes da história do Palmeiras dignou-se a pedir perdão.
Cercado de membros da organizada, com quem havia conversado momentos antes, ele estendeu seu pedido de desculpas a toda torcida. Com atraso, mas ainda em tempo, tornou pública uma manifestação necessária de (mínimo) respeito pela instituição.
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Foi, independentemente da real motivação, corajoso de não se esconder atrás de um texto em rede social. Quanto ao desabafo, porém, não há dúvida de sua genuinidade. Arrependimento à parte, o ato foi provocado por um sentimento existente e pulsante dentro do jogador. A origem dessa revolta, é claro, a arquibancada.
Custa entender porque tamanha raiva. Outros sofreram mais, outros fizeram pior. Mas foi Breno quem rebelou-se após receber algumas vaias. Quiçá a percepção de injustiça por sua participação na história do clube não servir mais de escudo para más atuações. Talvez, munido por um sentimento de ingratidão, Breno tenha exigido se fazer visto: “Eu estou aqui!”.
Agora, pouco importa o que antes aconteceu. Palavras proferidas, dedos apontados, mãos colocadas atrás do ouvido. O maior patrimônio do clube foi ofendido, de frente, em sua casa. Foi feito, foi feio e o erro permanece apesar de qualquer desculpa.
Isto posto, avancemos para o próximo capítulo. Cabe a cada um, como torcedor, a decisão individual de perdoá-lo. Coube ao clube, como já o fez, a decisão de não púni-lo. Coube à comissão técnica e seus companheiros de equipe, como se posicionaram, a decisão de defendê-lo.
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Breno Lopes vai até organizada e se desculpa com torcida do Palmeiras
O pedido de desculpas, em vídeo, reitera que cada um cumpra seu papel como acordado. Genuína ou não, a atitude foi passo importante para apagaziguar ânimos em momento crucial na temporada. Às vésperas de semifinal de Libertadores, temos de concentrar forças e não dispersá-las. É a eles que odiamos, não a nós mesmos.
Não podemos nos dar o luxo de focar em nada mais, senão nesta decisão. Contraditório hoje, quatro dias depois, escrever sobre isso e pedir encerramento do caso em questão. Pá de cal para sedimentar um caso que poderia ter durado menos, mas também poderia ter durado mais.
Resta pouco mais de uma semana para o jogo mais importante do ano até aqui. Pouco importa o depois. Se vai ou fica. Se aceita ou rejeita. Se queremos ou não. Hoje, ele está conosco. E como os outros 28 jogadores, mais 12 membros da comissão técnica hoje são todos Palmeiras. Até o dia cinco de outubro é o que basta ser. Palmeiras.