Desde o começo da pandemia da covid-19, diversos clubes, liderados pelo Flamengo, defenderam a retomada das atividades em um momento que o vírus empilhava corpos Brasil afora. Demanda essa que foi atendida pelos órgãos reguladores do futebol antes do previsto.
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Ainda que tenha levado mais tempo em relação à outras equipes, era inevitável que os atletas da equipe pioneira nessa “revolução” do futebol nacional fossem infectados pelo novo coronavírus. Frente à esse surto de contágio, que culminou na detecção de 16 atletas positivos no elenco, o Flamengo acionou o STJD, a CBF e o Sindicato dos Atletas com o intuito de adiar sua próxima partida do Brasileirão, neste domingo.
Duelo este que será contra o clube que se portou de maneira exemplar diante das adversidades causadas pela pandemia, o Palmeiras. Justamente por conta da atitude irredutível da equipe carioca, é óbvio que existe uma vontade – justa – de se vingar dos jogadores e, principalmente, da diretoria.
Na contramão disso, esse é o cenário propício para o Verdão, mais uma vez, ser superior e provar que, de fato, o errado sempre residiu no outro lado da Dutra. E que agora paga por seus modos selvagens e desenganados. O Palmeiras sempre foi o lado humano da dividida. Sempre foi a esperança de dias melhores. De cuidado e de amor.
Caso os papéis estivessem invertidos, é difícil acreditar que o Rubro-Negro agiria diferente do que o Palmeiras pretende. No entanto, uma ação não deveria justificar outra. Até porque, nada impede que um dos jogadores de vermelho que estarão em campo neste domingo infecte alguma das mais de centenas de pessoas envolvidas na realização de uma partida de futebol.
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Caso a equipe de Vanderlei Luxemburgo finalmente conquiste os três pontos dentro do Allianz Parque, qual será o real valor disso se qualquer dos indivíduos envolvidos no processo tiver que enfrentar uma situação delicada ou até mesmo perder a vida? Será agir como o Flamengo agiu. Errar como o errado. Não vale a pena sujar as mãos com sangue alheio.
Sob uma ótica mais esverdeada, quanto o Palmeiras perde se Luiz Adriano, Felipe Melo, Gustavo Gómez ou outro atleta contrair o novo coronavírus? Seriam, pelo menos, duas semanas sem alguns dos seus principais jogadores.
Aos que dirão que o Goiás teve de enfrentar o Palmeiras com mais de uma dezena de desfalques, proponho uma reflexão. Não é segredo que os clubes de maior expressão são privilegiados e, por conta disso, a iniciativa precisa partir de um desses para que se repense os protocolos e a dinâmica do futebol em tempos de pandemia.
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