A comissão técnica de Luiz Felipe Scolari chegou ao clube em meio a três competições sem qualquer semana cheia para realizar treinamentos com uma equipe titular definida. Partindo desse princípio, o elenco foi dividido em dois grupos com objetivos diferentes. Enquanto um joga competições de mata-mata, outro trabalha pensando no Brasileirão. Com isso, o problema do calendário se foi e assim tornou-se possível ter em todos os jogos uma equipe fisicamente bem, descansada e com quase sempre uma semana cheia de treinamentos. Até agora, sete times diferentes iniciaram as partidas. Todos eles atingiram ao menos seus objetivos mínimos, como pontuar fora de casa.
OS SETE TIMES TITULARES DA ERA FELIPÃO
1 – Weverton; Marcos Rocha, Edu Dracena, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Willian, Moisés e Dudu; Deyverson
2 – Weverton; Mayke, Luan, Thiago Martins e Victor Luis; Thiago Santos e Moisés; Jean, Lucas Lima e Hyoran; Borja
3 – Weverton; Mayke, Edu Dracena, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Hyoran, Moisés e Dudu; Borja
4 – Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Thiago Santos e Bruno Henrique; Jean, Lucas Lima e Gustavo Scarpa; Deyverson
5 – Weverton; Mayke, Edu Dracena, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Willian, Moisés e Dudu; Borja
6 – Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Thiago Santos e Bruno Henrique; Hyoran, Lucas Lima e Dudu; Deyverson
7 – Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Thiago Santos e Felipe Melo; Willian, Lucas Lima e Hyoran; Borja
O TIME PREFERIDO DE LUIZ FELIPE SCOLARI:
A equipe de número 5 foi a única utilizada três vezes, enquanto a de número 6 entrou em campo duas vezes. A formação preferida iniciou pela primeira vez uma partida na vitória sobre o Bahia por 1 a 0 no Pacaembu, quando conquistou a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Depois, na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo no Allianz Parque e, por fim, diante do Cerro Porteño, também no Allianz Parque, na dramática derrota por 1 a 0, única na Era Felipão, que garantiu a classificação para as quartas de final da Libertadores.
Para aqueles que se perguntam por qual motivo essa formação entrou em campo no Brasileirão, sendo que a equipe considerada principal de ambas está focada em mata-mata, a resposta é simples: Luiz Felipe Scolari encarou uma sequência de três jogos seguidos pelo Brasileirão e, portanto, na segunda da série colocou essa formação para manter o ritmo dos atletas.
POR SETOR, OS JOGADORES, AS DUPLAS E OS TRIOS MAIS UTILIZADOS COMO TITULARES NA ERA FELIPÃO
22 atletas iniciaram jogos em 10 jogos com a comissão técnica de Luiz Felipe Scolari. Jailson e Artur entraram no decorrer de confrontos, mas não iniciaram nenhuma partida.
Duplas de zaga utilizadas: Edu Dracena e Antônio Carlos (5x), Luan e Gustavo Gómez (4x), Luan e Thiago Martins (1x)
Laterais mais utilizados: Mayke (7x), Diogo Barbosa (5x), Victor Luis (5x) Marcos Rocha (3x)
Duplas de contenção mais utilizadas: Felipe Melo e Bruno Henrique (5x), Thiago Santos e Bruno Henrique (3x), Thiago Santos e Moisés (1x), Thiago Santos e Felipe Melo (1x)
Trios de meio-campo ofensivo mais utilizados: Willian, Moisés e Dudu (4x), Hyoran, Lucas Lima e Dudu (2x), Jean, Lucas Lima e Hyoran (1x), Hyoran, Moisés e Dudu (1x), Jean, Lucas Lima e Scarpa (1x), Willian, Lucas Lima e Hyoran (1x)
Centroavantes utilizados: Borja (6x) e Deyverson (4x)
MUDAM AS PEÇAS, MAS NÃO MUDAM AS EXPECTATIVAS
Não foi num passe de mágica que a comissão técnica de Luiz Felipe Scolari pegou um time que não conseguia há 13 jogos uma sequência mínima de duas partidas sem sofrer gols em um elenco que levou apenas dois gols em 10 jogos no seu comando. Enquanto foi possível observar treinamentos abertos do Palmeiras, Paulo Turra trabalhava muitos as bolas paradas e também a movimentação das linhas defensivas do Palmeiras, sempre colocando as linhas ofensivas em trabalho simultâneo para que não se trabalhasse apenas um setor do campo.
Não há dúvidas de que a evolução foi rápida com algumas mudanças táticas e posturais, como os pontas atuando alinhados com os meio-campistas e um time que valoriza uma resolução de jogada mais rápida acionando o centroavante, seja ele Deyverson ou Borja, pelas mãos do goleiro do que a posse de bola no campo de defesa para buscar brechas nas linhas adversárias com a bola no chão. Dessa forma, como os jogadores tem respondido nas entrevistas após os jogos, Felipão fez do Palmeiras uma equipe que se concentra muito em defender e acredita no talento que tem na frente para resolver.
Independente das peças utilizadas por Felipão, a equipe do Palmeiras demonstra consciência defensiva, entrosamento das duas equipes e confiança ofensiva suficiente para aproveitar ao menos uma oportunidade em cada jogo. Embora não tenha balançado as redes nos dois primeiros jogos da Era Felipão, o elenco marcou em seis dos últimos oito jogos disputados.
A última novidade da comissão técnica foi entrar em campo com Thiago Santos e Felipe Melo, ambos volantes de contenção considerados da mesma posição, na titularidade. Quem imaginava encontrar um time defensivo, assistiu a um Palmeiras que finalizou mais do que o adversário dentro da Arena Condá, acertou mais vezes o gol, teve mais escanteios e sofreu maior número de faltas. Mais uma prova de que **Felipão sabe mexer nas suas peças sem diminuir as expectativas colocadas nelas. **