Thiago Santos não é Felipe Melo, mas sem a bola funciona muitas vezes tanto quanto – quando não melhor. TS não é Borja e nem precisa ser – mas foi o atacante que o Palmeiras precisava ter aos 47, quando estava impedido no cruzamento de Lucas Lima e empatou jogo complicado pelas qualidades do Red Bull Brasil; e quando virou o placar aos 42, aproveitando novo cruzamento de Thiago Martins no bumba-meu-porco final.
Ainda falta treino, entrosamento, atenção como na falha coletiva no gol bem trabalhado de Deivid (aos 22), intensidade, Edu Dracena, Diogo Barbosa (não que Victor Luís esteja mal), Moisés (que estava no banco e poderia ter sido usado), Gustavo Scarpa. Sobrou Red Bull marcando alto, jogado bem, ficando com a bola, atacando um Palmeiras ainda com pouca aproximação e sobrecarregando Lucas Lima, que é obrigado a recuar muito para armar.
Borja desta vez perdeu piques e gols. Apanhou da bola e voltou a irritar a torcida. Dudu jogou um pouco mais. Keno, bem menos, principalmente quando está à direita. E quando de novo a coisa desandou, Jailson fez mais uma vez tudo, mantendo a meta invicta pela 24a vez seguida. Com uma senhora defesa no pênalti, e também no rebote, aos 31 do segundo tempo. Fora outra difícil no começo do jogo.
Jailson atrás, Thiago Santos em todos os lugares, levando o Palmeiras à frente. Tem muito trabalho ainda Roger Machado e falta bastante coisa para elenco qualificado.
Mas são os quebradores de pedra como Thiago Santos e Jailson que dão à massa um gosto a mais. O tempero para um Palmeiras mais forte em 2018.