(Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação)
Calma, eu não falarei de questões administrativas e financeiras de clubes de futebol. Este texto não tem a intenção de dissertar a respeito de cartolas, politicagem, interesses ou, até mesmo, corrupção. Estes assuntos renderiam um belo texto, renderiam discussões amplas e tudo mais. Mas não, nesse texto eu vou falar da gente, do povo palestrino, trabalhador, estudante, que sacrifica todos os meses quantias consideráveis de um dinheiro suado simplesmente para ver o Palmeiras jogar. E eu não disse ganhar, se fosse pelas vitórias alguns malucos – como eu – já teriam largado mão faz um bom tempo – como muitos outros um pouco mais sãos já largaram. Porque se fosse colocar na balança, eu chorei muito com as derrotas – até porque para palestrinos, não existe derrota esperada, não existe eliminação boa, não existe nada disso.
Então por que a gente faz isso? Por que o Palmeiras é prioridade para nós?
Por que foi essa paixão que me fez escolher o que fazer da vida? Não.
Por que essa paixão me rende apenas alegrias? Absolutamente não.
Por que essa paixão me fez gostar de ler, de escrever e me rendeu até o emprego que tenho hoje? Também não.
Então o questionamento mais comum seria: Por que cazzo eu continuo lá, sozinho, acompanhado, embaixo de sol, de chuva, ao lado de 5 mil pessoas ou ao lado de 40 mil?
Porque apesar dos pesares, tudo na vida passa, mortes, relacionamentos acabados, problemas financeiros, problemas familiares, elencos péssimos, futebol mal jogado, amizade encerradas, desemprego, depressão e tudo de pior que pode-se acontecer com alguém. Porém, quando eu entro no Palestra Itália, quando eu vejo o Palmeiras entrar em campo, quando eu olho para o lado e vejo aquele mar verde e branco, aquele sentimento irracional sentido por milhares assim como eu. Tudo faz sentido. Todos os perrengues. Todos os problemas parecem mais fáceis de serem enfrentados.
Um amigo recente cantou uma música na semana passada, que apesar do tom brincalhão que ela passa, mexeu comigo de uma forma grandiosa, principalmente por sua ultimo verso.
“Eu tô bem, se o Palmeiras tiver bem.”
Obrigado, Palmeiras.
Por sempre estar ao meu lado. Independente de tudo.
E um parabéns adiantado, não consegui esperar até domingo.
Texto de LUCAS ONOFRIO