O Palmeiras abriu um processo judicial contra a WTorre por uma dívida de R$ 14 milhões. Segundo apuração de Rodrigo Fragoso, repórter do Esporte Interativo e colunista do Nosso Palestra, o Verdão foi ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo pelos valores referentes à exploração comercial do Allianz Parque entre maio de 2015 e novembro de 2017. O mês de junho de 2015 é exceção.
De acordo com a escritura da arena, a construtora é obrigada a enviar documentos ao clube com demonstrativos financeiros de shows e outros eventos realizados no estádio. Os documentos foram enviados, mas os pagamentos ao Palmeiras estão pendentes.
A WTorre deverá ser notificada e uma audiência será marcada para conciliação das partes. Se não houver consenso, a construtora deve apresentar sua defesa em até 15 dias. Caso a juíza entenda que a defesa não é suficiente, o Palmeiras pode pedir o bloqueio das contas da construtora. Essas etapas só devem acontecer depois do recesso judiciário, que se inicia na quarta-feira (20).
Outro lado:
Ao NOSSO PALESTRA, a WTorre se manifestou por meio do advogado Ricardo Tepedino, após a publicação desta nota. Ricardo defende a construtora também nas duas arbitragens existentes entre as partes.
“Como a execução foi proposta ontem, naturalmente ninguém foi notificado e nem o será antes do fim do recesso, em 8 de janeiro. No entanto, só pelo que declara o clube, violando mais uma vez o sigilo da arbitragem (eles já foram multados em R$ 500 mil por conta disso, que já está sendo cobrado em execução da 1ª Vara de Falências e Arbitragem), percebe-se tratar-se de uma execução amalucada: nem há nada devido, pois o Palmeiras nunca pagou um centavo das despesas decorrentes dos jogos, como manda o contrato, e a balança pende para a WTorre (ou seja, Palmeiras tem a pagar), como essa discussão já se trava na arbitragem, não podendo ser reeditada no Judiciário. O Palmeiras entrou com uma ação incabível para cobrar uma quantia indevida. Não sei qual o saldo, isso depende de apuração que será feita na arbitragem, e não numa execução”, declarou.
*Colaborou João Gabriel Falcade