NOTA OFICIAL!

Palmeiras e demais clubes defendem gramados sintéticos e criticam narrativa 'simplificada' no futebol brasileiro

Clube alviverde e outras quatro equipes divulgam nota conjunta em defesa dos gramados sintéticos e pedem que o debate seja guiado por dados, responsabilidade e critérios técnicos

Em meio ao crescente debate sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, cinco clubes — Palmeiras, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo e Chapecoense — divulgaram uma nota conjunta reafirmando sua defesa da tecnologia, que, segundo eles, é regulamentada, segura e alinhada às melhores práticas internacionais.

Os clubes destacam que não existe padronização de gramados no Brasil, o que torna injusto direcionar críticas exclusivamente aos campos sintéticos. Segundo eles, reduzir o tema a uma narrativa única ignora a complexidade do assunto e desconsidera problemas recorrentes de manutenção em muitos gramados naturais pelo país.

A nota ressalta ainda que gramados sintéticos de alta performance superam, em diversos aspectos, campos naturais em más condições, oferecendo regularidade, segurança e um padrão mais constante ao longo da temporada — fatores que impactam diretamente a qualidade do jogo.

Outro ponto enfatizado é a ausência de estudos científicos conclusivos que relacionem o aumento de lesões aos gramados sintéticos modernos. De acordo com os clubes, essa percepção não se sustenta em evidências concretas.

Para os signatários, o debate sobre a qualidade dos gramados é não apenas bem-vindo, mas necessário. No entanto, reforçam que ele precisa ocorrer com base em dados, responsabilidade e conhecimento técnico, e não em discursos que distorcem a realidade e confundem o público.

A seguir, a nota na íntegra, conforme divulgada pelos clubes:

Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.

Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.

Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.

É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.

O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.