Palmeiras e São Paulo têm, em estágio avançado, um acordo para utilização recorrente de seus estádios, Allianz Parque e Morumbi, pelos rivais de muro. Com intensas agendas de show, os dois locais têm deixado seus clubes sem casa durante compromissos do extenso calendário do futebol e, diante da falta do Pacaembu, coringa de todos os clubes paulistas, a opção foi criar essa rota alternativa de lado a lado. O princípio de concordância passou pelos presidentes Leila Pereira e Júlio Casares.
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Parceiros da LIGA, os comandantes entendem que é preciso achar soluções que contribuam para o futebol brasileiro como um produto cada vez mais forte e isso passa por um bom estádio disponível quando o uso de seu próprio campo estiver inviabilizado. Os gramados da Arena Barueri e do Estádio do Canindé também influenciam na decisão de estabelecer essa parceria entre os dois rivais – retomando uma situação dos anos 90.
O primeiro passo dessa nova parceria será no dia 4 de fevereiro. Indisponível, o Allianz será substituído pelo Morumbi para receber Palmeiras e Santos. O jogo marca o retorno do Verdão ao estádio como mandante após 3 anos. A última vez foi justamente contra o rival da Baixada Santista, em 2020. Naquele dia, os comandados de Vanderlei Luxemburgo venceram o time de Cuca por 2 a 1, gols de Patrick de Paula e Luiz Adriano.
Coldplay e incômodo de locais
Apesar da situação bem amarrada entre as direções, a decisão por ceder o Allianz Parque ao São Paulo causou algum desconforto com conselheiros do clube e torcedores da região. Isso porque existe a possibilidade do rival estrear sua turnê pelo estádio palmeirense nos mata-mata do Paulistão. Caso avance em primeiro do seu grupo, o Tricolor não poderá usar o Morumbi, cedido à série de shows da banda Coldplay, e precisará do Allianz.
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A situação pode se alongar para uma eventual semifinal, já que o estádio do rival estará também fora de uso. Está acordado que se essa possível fase do Estadual reservar um Choque-Rei com mando Tricolor, o jogo será realocado para outra praça. A insatisfação de pessoas ligadas ao clube deriva do fato de ser uma região tomada por palmeirenses, lojas, bares, sedes de torcida organizada e também ser o endereço do clube social, que certamente teria seu uso dificultado se o espaço externo abrigar um jogo do São Paulo.
Manutenção e projeto
Ainda assim, o Palmeiras entende que a situação é a melhor resolução para um problema que será recorrente e uma opção que vai atender o torcedor que quer ir aos jogos, já que o Morumbi está na cidade de São Paulo, oferece boa qualidade de gramado e pode receber mais de 60 mil pessoas. A animosidade que surgiu, entendem pessoas que falaram com a reportagem, será controlada porque a decisão era a mais plausível para esse momento.
São Paulo e Palmeiras retomaram relações após as trocas de farpa na época de Paulo Nobre e Aidar. Agora, os clubes, ainda que rivais, tem relação de respeito e farão essa junção com intuito de resolver um problema em comum. O Verdão abre seus trabalhos no Morumbi no próximo dia 4, contra o Santos, em jogo válido pelo Paulistão.
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