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Palmeiras é Seleção: nossa história selecionada com o Brasil

13/5/1917. O primeiro palmeirense a atuar pela Seleção foi o nosso maior artilheiro. Heitor. Estreou já marcando gol na vitória sobre o Sportivo Barracas da Argentina. 2 a 1 Brasil, no campo da Rua Paysandu, no Rio. Amistoso não-oficial da Seleção (por ser contra clube).

3/10/1917. A estreia oficial de um palestrino na Seleção. O ponta-direita Caetano Izzo (autor dos três gols do primeiro Dérbi, em maio daquele ano) também foi o nosso primeiro jogador a atuar pelo Brasil. A Seleção perdeu para a Argentina por 4 a 2, na estreia do Campeonato Sul-Americano, em Montevidéu. O médio-esquerdo Picagli estrearia no jogo seguinte.

12/10/1917. Primeiro gol de um palestrino em jogo oficial da Seleção. Caetano. Brasil 5 x 0 Chile, em Montevidéu, pelo Sul-Americano.

29/5/1919. Brasil campeão pela primeira vez. Sul-Americano no Rio. Aos 182 minutos do mesmo jogo decisivo cheio de prorrogações contra o Uruguai, nas Laranjeiras, Friedenreich marcou o gol da vitória. Nossos Bianco (zagueiro) e o artilheiro Heitor eram titulares do eleven brasileiro campeão sul-americano.

22/10/1922. Primeiro jogo no Parque Antarctica, que havia sido comprado pelo Palestra Italia em abril de 1920. Brasil 2 x 1 Argentina. Primeira partida da Seleção em São Paulo. Primeiro jogo fora do Brasil fora da então capital federal (Rio de Janeiro).

Copa de 1930. Problemas políticos impediram que o melhor Brasil estivesse na Copa no Uruguai. Uma Seleção quase toda carioca foi convocada. O goleiro Nascimento, o médio Serafini, o atacante Ministrinho e o eterno goleador Heitor poderiam ter sido convocados não fosse a cisão entre cartolas paulistas e cariocas.

2/7/1931. Primeiro jogo não-oficial da Seleção no Palestra Italia com jogador do clube escalado pelo Brasil. Goleada de 6 a 1 no Ferencvaros (Hungria). Os médios Pepe e Serafini e o atacante Ministrinho fizeram parte da equipe.

Copa de 1934. Cisão entre amadores da CBD (filiada à Fifa) e profissionais da FBF (onde estava filiado o Palestra) novamente fez a Seleção não ser representada pela principal força em um Mundial. Cartolas da CBD (hoje CBF) ainda tentaram seduzir atletas palestrinos, que, confinados em

uma fazenda, não aceitaram jogar pelo Brasil. O zagueiro e nossa primeira estátua Junqueira, o Príncipe Romeu Pelliciari e o Trem Blindado Imparato eram alguns nomes fortíssimos que poderiam ter ajudado a Seleção na Copa na Itália.

16/12/1934. Brasil 4 x 1 Palestra Italia, no Parque Antarctica. O tricampeão paulista perdeu para a Seleção. Romeu Pelliciari marcou o nosso gol.

Copa de 1938. O ponta Luisinho foi o primeiro palestrino a disputar um Mundial, na França. O Brasil foi o terceiro colocado.

18/2/1940. Brasil 2 x 2 Argentina. Primeiro jogo oficial da Seleção no Palestra. Pela Copa Roca. Junqueira e Romeu foram titulares. Aymoré foi o goleiro (ele era do Botafogo, jogaria pelo Palestra, e seria campeão do Robertão de 1967 como treinador do Palmeiras). Durante a partida entrou o médio palestrino Del Nero. Pai do presidente da CBF Marco Polo del Nero.

14/5/1944. Brasil 6 x 1 Uruguai, amistoso no Rio. Oberdan Cattani e o polivalente Lima (O Garoto de Ouro) foram os primeiros jogadores da era Palmeiras atuando pela Seleção.

Copa de 1950. Jair Rosa Pinto era o craque palmeirense no time vice-campeão mundial. O zagueiro titular Juvenal (Flamengo) e o ponta reserva Rodrigues (Fluminense) chegariam logo depois ao clube para serem campeões das Cinco Coroas, culminando com a Copa Rio de 1951.

Copa de 1954. O atacante Humberto Tozzi e o ponta-esquerda Rodrigues foram os palmeirenses da Seleção que caiu nas quartas-de-final para a favorita Hungria de Puskas.

Copa de 1958. Mazzola foi o palmeirense campeão do mundo na Suécia, antes de ser negociado com o Milan. O ponta Julinho Botelho chegou ao clube pouco antes do Mundial. Só não ganhou a Copa porque se recusara a jogar pela Seleção atuando na Fiorentina. Achava incorreto um brasileiro sendo pago na Itália tirar ligar de um jogador que atuasse por um clube brasileiro…

Copa de 1962. O lateral Djalma Santos e o centroavante Vavá foram bicampeões mundiais como titulares do Palmeiras. O volante reserva Zequinha também ganhou a Copa pelo Verdão. Julinho só não foi convocado porque estava lesionado.

7/9/1965. Campeã antecipada do Rio-São Paulo, a Academia de Filpo Nuñez foi convidada pela CBD para representar a Seleção na inauguração do Mineirão. Vitória de 3 a 0 sobre o forte Uruguai. Apenas três dos 16 escalados pelo único estrangeiro a dirigir a Seleção jamais atuariam de novo depois. E, entre eles, uma enorme injustiça: Tupãzinho. Autor do segundo gol. Rinaldo e Germano fizeram os outros. Foi a primeira vez que um clube jogou com a camisa da Seleção.

Copa de 1966. Djalma Santos foi o único palmeirense no fiasco da eliminação na primeira fase da Copa da Inglaterra. Um absurdo até pela qualidade técnica da equipe do Palmeiras, campeã paulista de 1966. O meia Servílio foi inexplicavelmente cortado um mês antes da Copa. Era o melhor do time antes do Mundial. Ademir da Guia e o zagueiro Djalma Dias eram nomes que poderiam ter jogado a Copa.

Copa de 1970. O jovem goleiro reserva Leão e o zagueiro Baldocchi foram os palmeirenses tricampeões mundiais no México.

Copa de 1974. A Segunda Academia bicampeã brasileira cedeu Leão, os zagueiros Luís Pereira e Alfredo, o gênio Ademir da Guia, o meia Leivinha e o goleador César Maluco para o Brasil quarto colocado no Mundial da Alemanha. Ademir jogou só uma partida e foi um dos melhores da Seleção. O técnico Zagallo não soube aproveitar o entrosamento do time que ganhava tudo no Brasil. Por causa da longa preparação para a Copa, o Palmeiras jogou o BR-74 inteiro sem seis titulares que serviam a Seleção. Também por isso foi eliminado na Libertadores daquele ano. Fato inédito: um clube obrigado a disputar dois torneios inteiros com equipe mista.

Na foto, os seis caras do Brasil: Leão, Alfredo Mostarda e Luís Pereira; Leivinha, Divino e César.

Copa de 1978. Leão e o meia Jorge Mendonça foram os palmeirenses da Seleção que acabou em terceiro lugar e sem derrotas na Copa da Argentina.

Copa de 1982. A primeira Copa sem palmeirenses desde que eles puderam ser convocados a partir de 1938. Também porque a diretoria vendeu o lateral Pedrinho (reserva de Júnior na Copa da Espanha) para o Vasco em janeiro de 1982… Caímos nas quartas para a Itália.

Copa de 1986. Leão foi o palmeirense na Copa do México, 16 anos depois do tri. Perdemos nos pênaltis para a França, nas quartas.

Copa de 1990. Nenhum palmeirense na Seleção eliminada nas oitavas.

Copa de 1994. Na Era de Ouro do tri mundial, de 1958 a 1970, Palmeiras e Santos foram os maiores campeões no Brasil. Quando o Palmeiras ficou na fila, de 1976 a 1993, a Seleção também não ganhou mais Copas. Bastou o Verdão sair da fila em 1993 para o Brasil voltar a ganhar tudo. Com os titulares Mazinho e Zinho no meio-campo da Seleção que poderia ter tido ainda Antonio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Edmundo, Evair e Edilson na conquista do tetra mundial. O meia colombiano Rincón jogou a Copa como atleta do Palmeiras.

Copa de 1998. Sem palmeirenses na equipe vice mundial composta por apenas 9 atletas de clubes brasileiros. Mas com cinco ex-palmeirenses que atuavam foram do país. O lateral Arce jogou o Mundial pelo Paraguai.

Copa de 2002. A Família Scolari foi pentacampeã mundial com vários ex-membros das comissões técnicas palmeirenses. São Marcos fez seus milagres na Ásia. Sete ex-palmeirenses e outros quatro futuros palmeirenses foram invictos no Japão e na Coreia do Sul. Em todos os cinco Mundiais havia um jogador do Palmeiras.

Copa de 2006. Apenas 3 dos 23 convocados jogavam no Brasil no time eliminado nas quartas. Apenas dois dos chamados tinham jogado pelo Palmeiras. Zé Roberto brilharia 10 anos depois no Verdão.

Copa de 2010. Eliminados de novo nas quartas. De novo sem palmeirenses. Apenas três futuros sem muito futuro no clube: Lúcio, Felipe Melo e Michel

Bastos. O meia chileno Valdivia voltaria ao Palmeiras logo depois da Copa.

Copa de 2014. Felipão de volta. Brasil quarto colocado. Só quatro atletas de clubes brasileiros. O zagueiro Henrique tinha sido negociado pelo Palmeiras com o Napoli antes da Copa.

7/6/2015. Primeiro jogo da Seleção no Allianz Parque. 2 x 0 no México.

Abaixo, o time de 1965. O figura de óculos escuros é Don Filpo. A foto é de ‘A Gazeta Esportiva’.