O nível do futebol no Brasileirão há anos não é bom. Calendário burro, presão exacerbada sobre treinadores e cartolas, impaciência 100 x 0 tolerância, jogadores saindo muito jovens, jogadores mais velhos deixando maiis tarde os times, equipes desarmadas várias vezes durante os campeonatos, excesso de jogos, pouco planejamento, ideias raras e rasas.
Ainda assim é o campeonato mais equilibrado das grandes ligas. Longe de ser o melhor. E perto de ser o mais emocionante porque imprevisível.
Daí a ser tudo uma porcaria é querer adubar pensamentos.
Daí cobrar demais o líder de qualquer Brasileirão pelo desempenho em campo é querer muito mais.
O Palmeiras do BR-18, por exemplo. Desde 1959 não existe um líder que tenha tomado a ponta vindo da sétima posição com 10 vitórias e 4 empates nessa retomada com escalações com no máximo 6 titulares. Porque se dividindo e se multiplicando em até mais duas competições.
O Palmeiras de Felipão fez isso tudo. Há 17 jogos invictos no BR-18. Com notável campanha no returno. Vitórias incontestáveis também pela maratona e pela qualidade e quantidade do elenco que cobravam ser “inchado”…
(Só se for o cotovelo de quem não tem).
O que se pode é cobrar melhor desempenho – mas não sempre. Jogo mais qualificado – para os níveis atuais. E para todos. Não só agora.
Não é a Academia 3.0 nem mais uma das três Vias Lácteas montadas pela Parmalat nos anos 90. Mas é time, ou melhor, elenco, para fazer tudo que tem feito em 2018: finalista do SP-18 que perdeu mesmo com a melhor campanha, semifinalista das duas Copas, maior favorito ao título brasileiro.
Campeonato que só é “obrigação” para quem analisa futebol como Banco Imobiliário, só joga Football Manager, e não sabe o que é Brasileirão e o que é futebol.
O Palmeiras está fazendo muito bem. E o que é possível com tantos compromissos. Os demais estão fazendo ainda menos do que suas capacidades. Inclusive quem tem dinheiro e elenco como o Flamengo.