Foto: César Greco
Não sobrou muita coisa pra quem esperava quase tudo de 2019. Os motivos ficaram para outras reflexões. Aqui, o que restou. Aquele pouco que é maior que todo o resto de poeira ao vento. A honraria de ser quem é. Ostentar a fibra do Rei no Choque que vale uma história.
Eles nunca ganharam nesses domínios. Nossos. Casa. Castelo. Fortaleza. Tomaram chapéu, tomaram cobertura, tomaram goleada, tomaram viradas, tomaram derrota quando tudo parecia impossível. É o pior lugar que eles podem pensar em atuar. São derrotas retumbantes. Saíram vivos da última vez. Não podem mais.
O campeonato vale a residência quase imoral de sonhar, mas o clássico vale honra, vale moral, vale o resto de orgulho. Em noventa minutos, quem vem mal, ganha uma nova história. Quem tiver sucesso, terá nosso carinho. Um gol faz o herói. Foi Rafa fazendo dois em 2015. Foi Robinho num lance épico. Foi Dudu escrevendo sua idolatria. Foram Vitor Ramos e Cristaldo. Fomos Palmeiras pra caramba.
Joguem pela história.
Joguem pra ser história.
Pelo menos essa história.
Clássico não é um assunto de vida ou morte. É bem mais que isso. Vencer um rival não decide o ano, decide mais do que isso. Faz esquecer quantos pontos faltam pra isso ou sobram para aquilo. A vitória se encerra no próprio mundo da rivalidade. A grande conquista é vestir verde e branco na quinta-feira e rir de quem estiver de tricolor.
Não é ódio pelas cores.
É repulsa pela derrota.
Tem que ganhar.
Acima de todos.
Pra cima deles.