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Pela saúde? Relembre controvérsias do Flamengo, que quer adiar duelo com Palmeiras

O pedido do Rubro-Negro para o STJD reconsiderar o adiamento da partida contra o Alviverde foi negado na noite de ontem (26)

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Apesar dos esforços do Flamengo para adiar o duelo diante do Palmeiras no Allianz Parque, antes previsto para este domingo (27), a partida tem chances de acontecer normalmente. Com mais de uma dezena de jogadores infectados pelo novo coronavírus, o Rubro-Negro entrou não só com um pedido de adiamento no Sindicato dos Atletas e na CBF, como também no STJD, que, na noite de ontem (26) , negou o pedido de reconsideração da equipe carioca.

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Além do fato de que outros clubes, a exemplo do Goiás, tiveram que entrar em campo mesmo depois de detectarem surtos da Covid-19 no seu elenco, a postura do Flamengo desde o começo da pandemia também fez com que parte da opinião pública não comprasse sua versão dos fatos.

No começo do mês de maio, quando o Brasil enfrentava uma das fases mais delicadas no combate ao novo coronavírus, o Flamengo demitiu 62 funcionários para enxugar a folha de gastos. A falta de sensibilidade da diretoria foi alvo de críticas por parte dos trabalhadores, que adjetivaram a atitude como “desumana”.

Pouco mais de 20 dias depois da debandada flamenguista, o presidente Rodolfo Landim se posicionou a favor do retorno do futebol no território brasileiro. Vale destacar que, à época, o Rubro-Negro já havia adotado uma postura contrária das autoridades do Rio de Janeiro e optou por retomar os treinamentos na semana anterior da declaração do mandatário.

– Por que não voltar o futebol? Só porque a curva da pandemia é ascendente? Mas está ascendente porque outras atividades não estão usando nosso protocolo. Qual o protocolo das lojas de construção? O futebol tá dando exemplo. – disparou, em entrevista concedida ao Fox Sports.

No mês seguinte, o Flamengo voltou a descumprir com as obrigações impostas pela Federação do Rio de Janeiro (FERJ). A equipe se apresentou 24 horas antes da partida que marcou a retomada do Campeonato Carioca, enquanto o protocolo “jogo seguro” previa pelo menos dois dias de concentração.

Logo na segunda rodada do Brasileirão, o Flamengo teve mais uma oportunidade de demonstrar preocupação com a saúde pública, mas não o fez. Alheio às infecções por Covid-19 no elenco do Atlético Goianiense, a equipe carioca não se manifestou a respeito da possibilidade de não entrar em campo. A partida acabou com revés dos cariocas, pelo placar de 3 x 0.

Dias antes de ser noticiado o surto de Covid-19 no Rubro-Negro, Marcos Braz defendeu com veemência a volta de torcida aos estádios.

– Tendo segurança, tem que ter público. – declarou o dirigente. Empreitada, essa, que recebeu o veto da CBF, em reunião realizada neste sábado.

Por fim, na última sexta-feira (27), o clube carioca demitiu o social media Matheus Grangeiro, por ter publicado uma foto do elenco comemorando, aglomerado e sem máscara, a vitória sobre o Barcelona-EQU. A imagem gerou repercussão negativa, especialmente após a confirmação do surto de Covid-19 na equipe. Sobre a foto, Rodolfo Landim comentou no programa ‘Redação SporTV’, horas antes de demitir Matheus:

– Sim, (os jogadores) estavam todos testados. É óbvio que na hora que você vai tirar uma foto, você não tira foto com máscara. Eu não tiro foto com máscara: tiro a máscara e prendo a respiração. Vamos relevar aí. Os jogadores jogam sem máscara, é difícil de conter, é coisa natural. Eles se cumprimentam, se abraçam.

Ainda neste final de semana, o Sindicato de Funcionários de Clubes do Rio de Janeiro (Sindeclube), cujo presidente é membro da equipe de segurança do Flamengo, determinou a suspensão da partida, uma vez que há “risco elevado de contágio” aos profissionais escalados para o duelo. No entanto, a CBF é contrária à liminar do Sindeclube e promete agir o mais breve possível para que a partida ocorra sem restrições.

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