25 anos depois do tetra vencido nos pênaltis, duas decisões ao mesmo tempo no Maracanã e no Beira-Rio. E a classificação do bravo visitante athleticano no Rio, e a do bravíssimo mandante em Porto Alegre.
Inter que foi bem melhor do que o Palmeiras na primeira etapa, foi melhor também na segunda mais equilibrada, e mais feliz nos pênaltis. Gómez bateu no meio do gol mais um pênalti decisivo bem defendido por Lomba com os pés; Weverton defendeu bem o chute mal cobrado pelo ótimo Patrick, e Moisés mandou no travessão o que acabaria decidindo a parada a favor do time da sede e com mais sede.
Inter que começou em cima do Palmeiras, com D’Alessandro mandando em campo e no apito. O time de Felipão muito amuado, com Deyverson isolado, perdendo os lances, e sem companhia para puxar os contragolpes que tanto desperdiçou na ida. Nico bem pelos lados, Guerrero sempre perigoso, Edenilson e Patrick chegando à frente com qualidade e intensidade. Como no lance do gol, aos 40, quando o Colorado de sangue e fibras foi ganhando todas as divididas até o gol que desviou em Luan.
Felipão tirou Lucas Lima que mais uma vez não entrou (também porque o tipo de jogo não o favorece). Era mais pra Scarpa do que para Moisés, que não entrou bem. Demorou para entrar Willian. Mas era para sair Deyverson que só sairia depois. O Inter só mexeu no time nos últimos minutos. E sempre buscando mais o ataque. Com Edenilson e Patrick recuados para as laterais para deixar o time mais ofensivo no segundo tempo mais nervoso.
Também pelo VAR que entrou em campo para redefinir o jogo. Aos 37, Felipe Melo irrompeu na área e caiu. Na hora, pênalti. Nos replays, não vi o toque de Edenilson no volante verde. Não teria marcado o lance discutível.
Mais 10 minutos, Cuesta subiu sozinho e marcou o gol da classificação. Até o VAR ver o empurrão nas costas de Felipe Melo. Na hora, não teria marcado falta. Depois… Tem como discutir muito e também marcar a infração. Lance ainda mais polêmico.
Seria o gol da classificação. E seria justa como foi nos pênaltis para um Inter muito forte. Que precisa ser assim também fora de Beira-Rio. E tem muito potencial para isso. Tem camisa, time, elenco, trabalho de treinador, e sangue para focar e afogar o rival.
Como o Palmeiras nos mata-matas, pelo treinador que tem, pelo elenco que tem, decepciona. Pode e deve aprender com isso. Mas não pode se perder por nada disso.