A música transforma. Altera o sistema, modifica o momento, significa pra bem, aumenta a dor, faz o êxtase ter nota e solo. Não há qualquer história de vida que não remeta a um som. Que já nos primeiros acordes, faça revivê-lo com toda a intensidade daquela primeira vez. O poder de musicalizar a jornada é um dom que pouquíssimos recebem na fila da vida.
E entre todos os instrumentos, dos que fazem beat no coração ou sol na alma, a voz ainda é a mais poderosa. Ela é natural, incontrolavelmente humana, sujeita a trabalhos, mas primordialmente resultado dos imponderáveis. Pura fonte de emoção, é o superpoder que arrastou milhões por estádios, por shows históricos que fazem lembrança até hoje. Os abençoados pela voz estão, também, escondidos do nosso lado, naquele lugar que a luz ainda não bateu.
Ainda.
O jornalismo é, acima de tudo, a condição de revelar o que há de bom no mundo. Nós, do Nosso Palestra, existimos porque contamos grandes histórias e como filhos da Itália em futebol do Brasil, não sabemos o que é um dia sem um concerto musical. E que o hino do clube é a maior representatividade dessa paixão tão desmedida que nos é peculiar. Fizemos do Ipiranga, o “meu Palmeiras” e de cada início de jogo, uma celebração da nossa própria letra. Pelas nossas vozes preocupadas, chorosas, alegres, desafinadas.
Para colocar essa história no tom correto, a luz.
Um grupo de artistas paulistanos chamado Perseptom, uma referência aos 7 integrantes que tem o talento incrível de cantar e o faz sem qualquer instrumentação. Filhos do lendário Take6 e irmão do mundial Pentatonix, o grupo vocal trouxe para além de seu repertório que já contava com clássicos da música pop, um projeto novo e tão importante que motivou esse texto: “Hinos de paz”.
Com muitos prêmios mundiais e a certeza de serem um grupo referência, foram para a mais difícil das missões. Mexer com o hino de um clube de futebol. Cientes do ar sagrado que eles têm e no intuito de promover o lado mais especular do esporte que é o de entretenimento e da paixão, fizeram uma versão que caminhou esse jornalista até a voz embarcar e virar texto.
E não é à toa.
O Palmeiras está muito além do que apenas na música dessa galera. O líder do grupo, Arlley Lima, conta que “grande parte é palmeirense, eu mesmo sou desde que nasci, minha família toda é alviverde e eu cresci com isso, apaixonado”. Sem negar as raizes, sabe que o projeto é pelo bem do futebol, mas confessa o sabor especial em regravar o hino do clube que ama.
O Nosso Palestra faz questão de trazer esse trabalho à tona e convida vocês que são da família Palmeiras a se emocionarem com o som desse pessoal, a mostrar aos amigos, a conhecer mais desse talento único que é encantar apenas com o poder da voz.
E sabendo que o Deca Campeonato está por vir, já pode curtir uma nova uma trilha sonora. Fiquem com ela: