A mulher do Adriano Barsi estava numa moto que foi atingida por outra desgovernada por um motorista embriagado.
Faz uma semana da partida de Gabriela. Faz 10 dias o Adriano mandou pra mim as fotos que eu não tinha visto de um artista alviverde da Torcida Palmeirense de Picos. As que estão aí postadas.
Adriano é assim. Junta tudo que é gente pra ser Palmeiras onde for. Como eu, como conta o amigo Thomas que fez o desenho, ele faz todas as probabilidades para não dar erro com o Palmeiras.
Mas o que a gente consegue prever nesse mundo?
Hoje foi missa de sétimo dia da Gabriela. Soube agora de tudo. E cada vez menos sabemos de nada. Imagino a alegria dele com o gol do Borja contra o Fluminense, o golaço de Felipe Melo, a recuperação do Luan, o Palmeiras cada vez mais Palmeiras. E ele sempre foi cada vez mais Palmeiras nas Wesleys e nas Prass. No Darinta e no Divino.
E ele não pôde sorrir como sempre porque uma pessoa bêbada fez o que fez com o amor incondicional.
Toda aquela alegria não se pôde ver em Picos, no Piauí, no Palestra, na Perdizes.
Gabriela era professora de biologia. Adorava sapos como Adriano, periquito e porco. Partiu por desgraça de um animal irracional ao volante.
Nas semanas em que cada partida palmeirense parece um parto.
Nos dias em que fazemos contas não pra cair. Mas pra saber quando seremos ainda mais Palmeiras.
Como Adriano que organiza as festas tão longe do Palmeiras. E ainda assim mais perto de todos nós.
Amigo, não sei o que escrever. Mas a mesma paixão que te traz pra tão perto do nosso amor é a que vai diminuir a distância insuportável do seu amor.
Assim como Picos parece impossível de longe até o Palmeiras, Gabriela também vai estar sempre tão perto do amor que os uniu.
Forza, amigo. Tem uma torcida inteira com você. Ou melhor: uma família pra sempre.