O ano foi 2009. O Flamengo fez quase tudo errado no BR-09. Contratou Petkovic apenas para reduzir dívidas. E ele conduziu um time que flertava com a segunda página da tabela para ser hexacampeão brasileiro. No mesmo campeonato em que o Palmeiras fez quase tudo certinho. E no final nem para a Libertadores foi.
O ano é 2017. O Palmeiras comprou o centroavante dos sonhos de qualquer equipe – a partir de agosto de 2016. Antes de Borja, comprou o também campeão e craque da Libertadores do ano passado. Além de Guerra, trouxe o cascudo Felipe Melo. Além da ousadura, apostou em um bom nome para substituir Cuca – que não tinha substituto à altura pela qualidade e característica do trabalho.
Não era fácil trocar Gabriel Jesus. Todos sabiam.
Talvez tenha faltado acreditar em Victor Luís para a lateral – ou não acreditar tanto nos que ficaram.
Parece inacreditável perder o melhor do BR-16 – Moisés. Incrível como Tchê Tchê deixou a bola em 2016. Como Prass caiu de produção no início do BR-17. Como Jean e Zé Roberto não têm sido os mesmos. Mina e Edu também têm rendido menos do muito que sabem. Dudu tem alternado. Os garotos ainda não desabrocharam. Os gastos têm sido maiores que os investimentos.
Como o Palmeiras teve um ano muito abaixo do que pode.
Mas foi erro de planejamento ou um planejamento que deu errado?
Na lata? Coluna dois.
O que o Palmeiras fez foi mais do que poderia ter sido feito. E não rolou. É facílimo hoje detonar o que qualquer clube com dinheiro teria feito. É oportunista agora apontar o dedo duro e dizer que está tudo errado.
Não estava. Mas ficou quase tudo.
Mesmo a troca de Eduardo por Cuca era necessária. O time não estava engrenando. O melhor técnico do país no mercado estava disponível. Para o clube que acabara de ser campeão como ele.
Muita tentação.
Muita pretensão?
Aí é papo para outro dia.