Eu queria que a caneta de Willian acabasse em gol no final de jogo. Ou que o jogo todo ela passasse em looping. Trocaria o gol do Deyverson (que tanto merecia o gol quanto uns 16 cartões e 18 puxões de orelha) pelo lance sensacional do Bigode num duelo de ex. Como também preferia que a jogadaça de Dudu que explodiu no travessão do ajoelhando Cássio tivesse sido o gol da vitória justa mais do que o gol que fez piscar o que deve e o que não pode.
Mas o que é mesmo justo no jogo?
Aquela cabeçada no final de Thiago Santos na decisão do SP-18 merecia ter entrado. Não deu. Talvez se tivesse sido campeão estadual, Roger Machado teria continuado – o que não seria problema. Mas certamente não teria chegado Felipão – a solução que nem ele sabe como consegue fazer tão certo no Palmeiras.
O que parece justo nem sempre é certo.
Até as críticas. Dudu foi detonado além da conta e vai pagando os débitos com belas atuações. O Deyverson que não queríamos nem pintado de verde agora é incensado em vez de incinerado mesmo com suas patuscadas. Lucas Lima se recupera. Moisés volta ao nível de 2016. Luan enfim estreia. Todo o time está bem. Seja o titular ou o alternativo, não alterna mais. Mantém-se em pé. Firme. Forte. Feliz.
Eu queria o golaço de Dudu. Eu queria outro gol no lance do Willian. Mas não podemos querer tudo na vida.
Ou podemos querer?