Não vou escrever textão pro Thiago Santos. Mas vou escrever um textinho para quem ainda não percebeu, não contou, não reconheceu, não deixou de teimar que ele é um volante que cada vez erra menos passes. Um cara que ajuda demais a proteger a defesa. Um volante que aprendeu a inverter uma bola. Um meio-campista que pode ser zagueiro ou atacante nas duas áreas ganhando bolas por cima como as recupera com eficiência em desarmes, em antecipações e nos botes que dá em rivais que como os adversários na mídia não dão bola para ele. Azar deles. Thiago vai lá e a retoma. Não é o 5 dos sonhos. Mas joga pelos outros 10. Dobrando marcação e desdobrando-se para não ser tão marcado pelos cricríticos. Se ele batesse no peito e gritasse a cada bola tomada seria mais reconhecido. Mas esse não é o Thiago. Esse não é o jogo dele. Ele só joga para os outros. Não pra ele. Não é arte o futebol dele. Mas é o que constrói um time forte e eficiente como ele. Não precisa ser titular. Mas todo time precisa de um Thiago Santos. Lá dentro. E principalmente fora do campo. Para carregar piano e recarregar bateria.
PS: Já que alguns enxergam o que não existe: o texto é elogio ao Thiago Santos, não crítica ao Felipe Melo, que bate no peito, mas jogou muito no SP-18, e está se recuperando com Felipão.