Ela não será, infelizmente. O tempo, implacável e tantas vezes sacana, maltratará o corpo, afetará as capacidades, alterará os padrões. Não vai permitir que você se faça eterno, Dudu. Azar do tempo, oras.
Mal sabe ele como é infalível essa mistura de Eduardo com Palmeiras com número 7. É a maior da década que passou, a melhor da década que virá. A mais marcante na vida de incontáveis de nós.
Ninguém se faz ídolo em passe de mágica, em palavra bonita ou em reações exaltadas. Não se compra, não se suborna, não se pula etapas para atingir, não tem na banca de jornal.
A conquista de idolatria é um percurso de sofrimentos, de reinvenções, de conquistas, de falhas, de sentir a dor e extravasar a alegria. É internalizar o amor pelo clube, de verdade. É viver como a arquibancada vive. Quando eles sentem a representação em campo, eles retribuem com amor.
E que história. Será o sexto ano do cara mais vencedor que a nova geração alviverde viu. O símbolo de tudo de bom que surgiu depois dos anos nebulosos que o novo século trouxe.
Quem poderia imaginar que a história passaria por medos, crises, receios, glorias, reconstruções, taças. Quantas e quantas vezes o ciclo poderia ter se encerrado para alguém normal. Dudu não é.
Não precisamos enumerar os momentos. Eles vivem no coração de todos. Moram em lugar carinhoso na lembrança mais querida. E a história segue. Ele segue. Nós, juntos, seguimos. Mais Palmeiras, sete, Eduardo. A maior sorte desse cordel é que ele está em andamento e sem prazo pra acabar.
Sorte a nossa.
Quisera Deus a sete fosse pra sempre sua.
Eternamente enquanto dure.