Foto: Gazeta Press
Cê tá maluco, mano. Que coisa absurda, mano. Mano do céu, que noite. Eu nem esconderei de vocês que me animei logo com os onze alinhados. Parecia muito melhor do que vinha sendo. Ao menos em teoria. O começo de jogo reiterou a minha tese, que deve ser a de todos vocês, mas aí pintou a famosa: “que zica, mano!”
Sabe Deus ou o Diabo de onde surgiu aquele chutaço que confundiu Jailson, que voltava a jogar depois de um longo e saudoso Deca. Acontece, ainda que não devesse. Mal sabíamos todos nós que a noite ainda reservaria cada uma que, vou te dizer, viu, mano..
Era um bom jogo. Foi um bom jogo. O adversário era ruim, mas não importa tanto. Depende do que se joga quem tem a superioridade. E assim aconteceu. O bombardeio vinha e esbarrava em impedimento, em VAR, em um errinho aqui, um nervosismo acolá. Até que Zé Rafael e Tadeu se chocaram e chocaram a todos nós. Que nada tenha acontecido a eles.
Aí o bicho pegou, mano.
Lucas Lima de volante, Willian com Luiz Adriano e e com Scarpa para assistir o primeiro gol desde a contusão do bigode que ainda usa verde. Teve VAR, teve aquela nuvem suspeita de zica, mas teve gol. Era o primeiro respiro do time que não virava jogos desde de 1714, quando o romantismo era movimento filosófico.
Lucas expulso. 42 minutos de acréscimo, um drama danado. Segurar o ponto ganho ou colocar em jogo os dois que pairavam? Aos 55 e alguns infartos prévios, aquele lateral na área. O primeiro em mais de cem minutos jogados. A primeira vez que o abafa foi apenas abafa. Na hora certa de se usar esse tipo de ação. E lá, com a bênção do Scolarismo, Scarpa, que ficou em campo (amém!), acertou a chapada pro fundo do gol, pro fim do tabu.
Bem demais, mano. Explode Mano, explode torcedor, explode a fé que andava discreta por aqui, por nós. Explode uma certa esperança. Ainda dá pra sonhar com esse time, a gente sabe que dá. Jogo a jogo, evolução por evolução, drama por drama. Lucas, Miguel, Gustavo. É tudo Palmeiras e merece a fé de quem torce. Até nossa, que escrevemos torcendo.
Noite Parmerense pra caramba, mano.