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Real Arenas fala em 'ataque despropositado' de Leila e indica briga com Palmeiras na justiça

Em comunicado, companhia critica "factoide" da presidente, se diz surpresa com atitudes e reforça antiga boa relação com Palmeiras

Palmeiras e WTorre travam batalha na Justiça (Foto: Mauro Horita/Ag.Paulistão)
Palmeiras e WTorre travam batalha na Justiça (Foto: Mauro Horita/Ag.Paulistão)

Na noite desta terça-feira (30), a Real Arenas/WTorre emitiu comunicado sobre abertura de um inquérito criminal para investigar a empresa, responsável pelo Allianz Parque. O Verdão cobra da construtora mais de R$ 127 milhões que não foram repassados desde 2015 referentes a receitas da arena. A ação é um pedido do Palmeiras.

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O comunicado diz que:

A Real Arenas não tem conhecimento formal sobre a informação veiculada na imprensa a respeito de abertura de Boletim de Ocorrência e repudia esse novo ataque unilateral da presidente Leila Pereira.

A dirigente tem desrespeitado de forma reiterada as decisões do Tribunal de Arbitragem, que tramita sob sigilo, e tenta atingir de forma injustificável a reputação da empresa parceira da SEP.

Esse novo e despropositado ataque não condiz com a gestão séria da Real Arenas, que investiu na construção do Allianz Parque, reconhecida como melhor arena da América Latina.

Vemos com perplexidade a mudança repentina de atitude, uma vez que tivemos nos últimos anos negociações pacíficas relacionadas aos créditos e débitos de parte a parte.

Também nos causa profunda estranheza que este novo factoide aconteça com a ordem de alguém que é cliente Real Arenas na locação de camarotes e dos serviços para operação deles de forma ininterrupta desde 2017, como gestora da Crefisa.

Lamentamos este novo capítulo de falta de respeito às autoridades arbitrais nas tratativas e manteremos nossa postura de tratar os trâmites legais nos fóruns adequados.

Real Arenas

Entenda o caso

Segundo documento enviado ao 24º Departamento de Polícia, o pedido do Palmeiras é que sejam apurados possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa. Para isso, existe também a solicitação do bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, e a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014.

O clube alega que não recebeu todo o dinheiro previsto no contrato. Segundo o acordo entre o clube e a empresa, a equipe tem direito a percentuais que crescem ao longo dos 30 anos do acordo com a construtora, referente ao aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes e cadeiras, além de naming rights.

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No estágio atual do contrato, que diz respeito a 5 anos até 10 anos da abertura da Arena, 25% dos valores precisam ser repassados ao Verdão. No entanto, desde que o Allianz Parque foi inaugurado, em novembro de 2014, os repasses foram feitos em apenas sete meses, entre novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 – exceto maio daquele ano. Ainda assim, a construtora WTorre apresenta todo mês um relatório com os valores que teriam de ser transferido, mas não faz o pagamento.

Os valores e o imbróglio nas finanças é motivo de briga entre as partes na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução realizada pelo Palmeiras de título extrajudicial. Sem avançar no campo judicial, a Polícia foi acionada.

A concessão da Arena do Palmeiras com a WTorre é válida por 30 anos. A data começou a valer a partir da inauguração da arena, em novembro de 2014. Ou seja, o contrato entre o clube e a construtora é válido até novembro de 2044.