Na Academia de Futebol, foram apenas 15 minutos de atividades do elenco palmeirense abertas para os jornalistas. Pouco pôde ser visto do trabalho de Alberto Valentim nessa quarta-feira, mas um detalhe chamou a atenção: 10 minutos de bate-papo entre técnico e Raphael Veiga. Caso o camisa 20 se torne alternativa para o meio-campo no decorrer dos jogos, seria mais uma novidade da gestão Valentim.
O meio-campista chegou no início do ano como uma promessa a ser trabalhada dentro do clube. Com Cuca, atuou mais do que 45 minutos apenas três vezes. Em duas dessas oportunidades, entrou em campo com o time reserva (Chapecoense e Atlético-PR). Entre os titulares, apenas diante do Avaí, na vitória por 2 a 0, quando ele deixou o banco para dar a assistência do primeiro gol de Deyverson pelo Palmeiras. Ou seja, poucas foram as oportunidades de mostrar seu potencial.
Revelado pelo Coritiba, o jovem de 22 anos se destaca nos treinamentos pelo forte e preciso chute, porém sempre se caracterizou como um meia mais lento, menos incisivo, driblador ou vertical. Justamente por isso, não se encaixava tanto no esquema de Cuca, mas agora pode ser uma alternativa para Alberto Valentim, cuja ideia de jogo envolve um trabalho de bola mais paciente, embora ainda exija velocidade na transição em determinadas ocasiões.
Nos últimos jogos, Moisés tem sido avaliado abaixo da média no quesito armação de jogadas, ainda que arranque suspiros do torcedor com seu esforço técnico e tático. Partindo do princípio de que Guerra ainda não está pronto para substitui-lo, a conversa de Alberto Valentim com Raphael Veiga não aconteceu por acaso. Depois de Keno, Borja e Bruno Henrique, o treinador pode estar trabalhando Raphael Veiga como uma de suas alterações para o Dérbi do próximo final de semana.
