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Resultados, performances e escalações não vão bem no Palmeiras

O técnico Roger Machado, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do Sport CR, durante partida válida pela sétima rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.
O técnico Roger Machado, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do Sport CR, durante partida válida pela sétima rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na Arena Allianz Parque.

O Cruzeiro não é um adversário fraco, mas é um rival que busca atacar quando está em casa e permite espaços para o adversário contra-atacar. Nessa temporada, o Palmeiras passou a dizer que era uma equipe com dificuldades para ultrapassar retrancas dentro de casa, mas facilidade para balançar as redes quando tinha espaço. Não foi o que aconteceu no Mineirão e alguns erros na escalação foram cometidos.

Insistir em Lucas Lima com o objetivo de tentar recuperar o jogador não é um problema, porém Hyoran está pedindo passagem há alguns jogos, aliando gols e boas atuações. No primeiro tempo, Lucas Lima recebia passes e pouco tentava algo diferente. Na segunda etapa, Hyoran recebia passes e entendia ter a responsabilidade de avançar entre as linhas do Cruzeiro. Assim o fez e, enquanto esteve no meio, fez o Palmeiras mais criativo e incisivo.

Hyoran é exemplo de que o Palmeiras tem ótimo elenco para se reinventar. Por isso, não há necessidade de colocar em campo um atleta que não está 100%, como entrou Keno por conta de uma virose. Não só entrou, mas ficou até o final da partida. Será mesmo que havia necessidade de colocá-lo, já que o próprio Hyoran poderia fazer essa função, enquanto Moisés, que também entrou em campo, poderia substituir Lucas Lima na armação da equipe?

Rafael Sóbis, autor do gol do Cruzeiro, disse após o jogo: “o Palmeiras não teve chance de gol”. Foram 6 finalizações do Palmeiras em toda a partida, sendo apenas três delas na direção do gol. A mais perigosa aconteceu em chute de longe do atacante Dudu, que deixou o gramado extremamente irritado após sua substituição. O esperado contra-ataque não apareceu, os destaques individuais não surgiram, a intensidade já antiga segue ausente e a qualidade indiscutível não se fez presente. Embora Roger Machado esteja cometendo alguns erros, não é hora para demiti-lo, mas finalmente chegou a hora de cobrá-lo. O desenho tático é o mesmo, as alternativas são previsíveis e o time não rende.

Evidente que o Cruzeiro merece respeito, é forte e tem excelentes números no Mineirão, além do título mineiro e a primeira colocação em difícil grupo da Libertadores. Entretanto, de novo, o Palmeiras poderia ter apresentado mais. Nos últimos cinco jogos, o Palmeiras venceu apenas o Junior Barraquilla, após grande atuação de Fernando Prass no primeiro tempo, e o Bahia. Empatou contra o América-MG no Allianz Parque, perdeu novamente para o Corinthians e foi derrotado pelo Sport dentro de casa. A sequência é ruim, os resultados não são bons e a performance está longe do que se espera. No clássico contra o confiante São Paulo, o Palmeiras precisará mostrar muito mais do que vem jogando para vencer e, principalmente, recuperar a confiança da torcida em acompanhar o futebol que via antes do Brasileirão.