18 de novembro de 2012. Km 322 da Via Dutra, altura de Itatiaia. 21h22 daquele domingo. Ônibus da delegação do Palmeiras retornava de Volta Redonda depois do empate por um gol com o Flamengo. Gol de Vinicius para a gente, Love para eles, e 173 lances de Maikon Leite para os gandulas.
A Portuguesa tinha de perder no Canindé para o Grêmio para tentar salvar o que parecia improvável paga o Verdão. Mas abriu o placar com 7 minutos. Ironia: gol desse imenso Moisés que tanta falta faz ao Palmeiras em 2017 – como Mina e Dudu e até Willian fazem falta, embora Jailson possa ser bem substituído por Prass. A Lusa faria 2 a 0, aos 15. O Grêmio responderia até os 32. Gol de empate de Zé Roberto. 2 a 2. O vovô-garoto que sabe bem como Palmeiras e Vasco são gigantes. Mesmo quando não parecem.
O Tricolor gaúcho seguiu em cima. Mas não virou. 21h22. Palmeiras rebaixado.
Neste domingo, o Palmeiras retorna de Volta Redonda sem a mesma sensação contra o Vasco. Não foi rebaixado. Longe disso. Segue na luta pela Libertadores. Deve chegar lá em 2018. Mas assim como não é time para cair como foi rebaixado em 2002 e 2012, e pediu para cair em 2014, é pouco futebol o apresentado. Quase nada. Como o Vasco. Sem Douglas (negociado), com a volta de Nenê para qualificar uma molecada de potencial como Paulinho e Vital, mas ainda com uma zaga que dá o espaço que deu a Guerra aos 31 do segundo tempo. Ainda buscou o empate com Manga Escobar, num escanteio carambolado. Mais um gol sofrido tipicamente palmeirense: o mais bizarro nome de atleta do rival tem enorme chance de fazer o que fez. Gol na gente.
Foi um zero a zero com gols. Pobre. Paupérrimo como anda o cofre vascaíno. Não como o crédito que o Palmeiras planejou e ganhou de um clube rico. Mas ainda com desempenho muito abaixo do potencial.
Cuca não tem acertado a mão. O time não acerta o pé. E a cabeça fica como nosso coração. Em frangalhos.