Denys foi o melhor lateral-esquerdo do SP-86. Errou um recuo que deu no segundo gol da Inter de Limeira no Morumbi, na derrota por 2 a 1 que valeu dez anos de fila para o Palmeiras.
— Eu trocaria a minha carreira inteira por aquele título.
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Palavra do ex-jogador do São Paulo e do Corinthians. Palmeirense de berço e ainda hoje de arquibancada.
Denys há 31 anos meio que se disfarça para ver jogos do Verdão. Absurdamente cobrado por um erro feio e fatal, acabou estigmatizado por uma falha apenas.
Bruno é outro caso da base e de berço que teve falha terrível que custou a classificação na Libertadores-13. O goleiro tomou o maior frango que vi em estádio no Pacaembu, contra o Tijuana. O peso de substituir Marcos foi enorme. Poucos clubes tiveram um torcedor tão apaixonado quanto ele. Poucos profissionais ficaram tão devastados como ele pela falha. Mais ele conta a respeito no meu livro oficial do centenário do Palmeiras, em texto tocante.
O limitado volante João Vítor perdeu pênalti contra o Corinthians em semifinal de SP-11. Ficou marcado. Até na pele em covardia de torcedores que o encontraram pela rua. Como o ídolo Vagner Love foi atacado saindo de banco e o que o levou a deixar o clube, em 2010.
Tem sido difícil a vida de ídolo, jogador mediano e dos apenas esforçados (ou nem isso). Como é a nossa vida torcendo por muitos deles.
Mas é preciso sempre respeitar o homem. Como Egídio respeita a camisa que nem sempre veste bem.
Ele não fez má partida contra o Barcelona. Tem sido a melhor opção para a lateral esquerda. E foi o cara que aceitou bater o pênalti que outros refugaram – e também precisam ser respeitados. Pelé e Maradona não gostavam de cobrar pênaltis. Por que os terráqueos gostariam ou têm de ser cobrados por isso?
Não cobro mais de Egídio pelo erro fatal. Nem dos que não quiseram bater para não serem espancados por um erro humano. Por mais desumana que seja a consequência. Por mais esperado que fosse o erro de Egídio. E naquele momento.
Bola pra frente. Mas que Geraldo Scotto, Pedrinho, Roberto Carlos e Júnior inspirem nosso lateral candidato a Denys deste século.
Perder pênalti até Arce e Evair perderam em eliminações. (E até hoje ainda não acredito como aquela bola de Júnior Baiano entrou na segunda cobrança contra o Deportivo Cali, na decisão de 1999. Revendo milhões de vezes os pênaltis, ainda me enervo. E ainda acho que ele vai errar o pênalti que converteu).