O palmeirense quase sempre acha que tudo vai dar Darinta mesmo quando tudo parece Ademir da Guia. Só isso faz com que ele mantenha o pé no chão no BR-18 como o time de Felipão (qualquer que seja). Tudo dá tão certo pra ele como deu tudo Bressan (como naqueles 4 x 3 paulistas no BR-16) pro Grêmio de Renato. Tricolor que não sujou a camisa branca de Prass, nas apenas duas chances criadas: uma cabeçada pra fora de Pepê (única desatenção dos irrepreensíveis Luan e Gómez), aos 15, e uma falta perigosa batida pelo sumido tricolor Luan, aos 20 finais.
Só.
O Grêmio ficou com a bola depois de levar o gol contra de Bressan (no lugar do convocado Kannemann), aos 7. Mas desta vez não criou muito, ainda mais com incerta lentidão e muitos passes errados. Sofreu sem Everton e Ramiro (e pela discrição dos substitutos Pepê e Alisson pelos lados), nem tanto pela ausência dos laterais titulares Léo Moura e Cortez, e sem o goleiraço Marcelo Grohe. Eram seis titulares ausentes. Mas o Palmeiras também não tinha Weverton, Antonio Carlos, Edu Dracena, Felipe Melo e Borja (e Marcos Rocha e Victor Luís como opções). É a oitava vitória do time alternativo, que ainda conseguiu mais três empates. Impressionante.
Nunca uma equipe alternativa assumiu a ponta como o Palmeiras de Felipão.
Também pela segurança e eficiência de um time que fez um gol na primeira chegada contra a ótima defesa tricolor, e praticamente não deu espaços até o final. Thiago Santos anulou Luan (ainda que errasse muitos passes), Willian ajudou demais a cercar Leonardo, e Bruno Henrique e Moisés foram tanto meias quanto volantes. Mas não foram mais do que Dudu. Mais uma vez. Ele não só fez sua melhor partida em 2018. Tem sido o melhor palmeirense. E nas últimas rodadas também é o melhor jogador de um campeonato cada vez mais palmeirense. Como Deyverson. O Menino Maluquinho que aproveitou a pixotada de Bressan e, mesmo se atrapalhando de início (como a arbitragem se enroscou o jogo todo em dois puxões na área sofridos pelos alviverdes Luan e Dudu), Deyverson fez o 2 a 0 justo, aos 33 finais. Talvez excessivo o placar para o Palmeiras que não criou tanto (cinco chances). Mas que não deixou um senhor rival criar praticamente nada (só duas).
O Palmeiras pode até não ser campeão – também pela dupla jornada, pela ótima vitória do Inter, e pelo crescimento do Flamengo. Mas, como disse Renato, é quem melhor pinta. É um favorito que não se sente assim. Por isso pode ir ainda mais longe.