Sociedade Esportiva Dudu
Até quando esperar que alguém assuma a bola quando as coisas não forem tão bem? Já é quase meia década de Dudu por Dudu. Quando abaixo no placar, posse de Dudu, chute de Dudu, falta sobre Dudu, gol de Dudu, escanteio batido por Dudu, marcação de Dudu. Fosse bom o mundo em que os 11 fossem 7. Por ora, ele é só um. E não basta.
Há que se ter alguma opção. Uma novidade. Uma alternativa na rota. As coisas serão complicadas, quase sempre, é a essência do jogo, e ele também se denomina por coletivo. E aí mora o maior dos problemas. A nota só do samba alviverde se encerra na ponta esquerda. Ou direita. O jogo acontece sempre por um lado. O de Dudu.
Nem dentro dos onze e tampouco fora deles, onde se observa um deserto de ideias, opções e planejamento, nem nos piores pesadelos. O time de um protagonista só, sofre. O solitário, também. Não pode estar bem todos os dias. Não pode ter 50 jogos no ano. Não pode ser só isso. Ainda que seja TUDO isso em um só jogador. Foi com Roger, com Eduardo, com Felipe e com Menezes.
A Sociedade Esportiva Dudu tem que agradecer por tê-lo, mas não pode pedir aos céus apenas para os milagres dele. Não se resolve só dessa forma. É preciso mais. É preciso abrir os olhos e o coração pra quem vem de baixo e negociatar menos. Gastar menos errado com desconhecidos de colarinho famoso.
Fosse bom se o Dudu tivesse mais Palmeiras pra ajudar.