Antonio Carlos, pelo que vi de você na zaga da Ponte Preta, não o teria contratado em 2017. Nada contra. Mas pouco a favor. Pelo que vi treinando e pouco jogando na temporada passada pelo Palmeiras, não me esforçaria para mantê-lo no elenco em 2018. Mesmo com o interesse do São Paulo.
Antonio Carlos, mesmo com o pessoal do clube pedindo para eu prestar mais atenção em você, ainda teria buscado no mercado um substituto para o “insubstituível” Mina. De fato, ainda entendo que a gente precisa de um zagueiro melhor, mais rodado e confiável para atuar ao lado do Edu Dracena.
Mas, Antonio Carlos, mesmo você atuando bem como todo o time neste início de 2018, mesmo você abrindo o placar na vitória no clássico com o Santos com um gol de Mina (perdão pela insistência pela saudade), por ora não vou discutir mais você por um singelo e pueril motivo: só pela sua celebração. Só pelo seu semblante. Só pela sua emoção.
É só um gol. É só uma imagem. É só o começo. É só o Paulistão. Ainda que seja o Santos, é só isso. Mas pra mim ficou muito mais do que isso. Um cara que celebra assim um gol que é “só isso” merece mais do que paciência e atenção. Merece mais chances para que nós também possamos ficar assim. Como o seu sogro mereceu a sua promessa e o seu carinho no primeiro jogo a que ele assistiu depois de um infarto no final do ano.
Antonio Carlos, ainda não acho que você é a nossa solução no meio de uma seleção. Mas os seus soluços são o começo de uma boa relação.