Camisa azul de Marcos de 1999 no peito, pareciam 10 goleiros entrando em campo na estreia verde no Allianz Parque. Quem não gostou de usar azul em casa achou que eram 10 com uniformes de treino contra o limitado Melgar. Ou 10 gandulas. Cada um com seu gosto. E com o respeito total à camisa e à história.
Acabou como começou para o Palmeiras a Libertadores em 2019. Tudo azul. O melhor time da hora para Felipão honrou a escolha do treinador. Marcos Rocha e Victor Luís são os laterais em melhor forma. Felipe Melo segue importante como abriu o placar de cabeça. A mesma que não usou para dar a pernada despropositada (que FM disse ter sido com as “genitais” dele?!) que seria para cartão vermelho e não o amarelo envergonhado mostrado por mais um árbitro caseiro em Libertadores.
Na segunda etapa, se Dudu foi mais discreto mais uma vez, Scarpa cresce a olhos e jogos vistos, como se esperava. Meteu na cabeça privilegiada de Goulart o segundo gol, num trio ofensivo que promete demais. Como o Palmeiras que estava tão eficiente enfim que até Deyverson não se perdeu e ampliou, em belo lance dele com Goulart, que joga como se há anos fosse verde. Ou azul de São Marcos.
O Palmeiras jogou bem e fez o que dele se aguarda. Como se espera mais equilíbrio de Felipe Melo sem a bola. E mais cabeça de Deyverson não apenas como pivô. O apaixonado atacante que tatuou para o amor a mensagem “coração é quem manda” no braço direito.
E manda mesmo quem Palmeiras. Obedece quem tem juízo. Quem não tem muito, que seja guiado pela paixão que também segurou o Menino Maluquinho no Brasil. Ou se segure para não botar tudo no pau como Felipe.
Libertadores se ganha na bola, não na porrada “com responsabilidade”. Taça se conquista na raça, não na raiva.
O Palmeiras está acertando o pé. Que não se perca pela cabeça.
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