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Título e constatação: a base do Palmeiras veio para ficar

Conquista do Estadual com grande participação das crias da base deve gerar mudanças no clube

Com Victor Hugo e Ramires, o camisa 5 festejou o primeiro título como profissional. (Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras)
Com Victor Hugo e Ramires, o camisa 5 festejou o primeiro título como profissional. (Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras)

Não foi coincidência que, na mesma semana em que Gabriel Jesus acabou com o Real Madrid na Champions League, Patrick de Paula garantiu o único título possível para o Palmeiras em 2020.

O belíssimo trabalho de base que vem sendo desenvolvido no clube desde 2015 segue colhendo os seus frutos, não só garantindo um ótimo retorno as finanças do clube como também uma gigantesca contribuição dentro de campo.

Gabriel Menino e Patrick de Paula foram grandes nomes do título paulista do Verdão, conquistado nesse último sábado (8), diante do Corinthians, no Allianz Parque.

Personalidade é a palavra que resume a agora dupla titular de volantes do Palmeiras. Atuais bicampeões paulistas Sub-20, ‘PK’ e Menino faturaram a taça do estadual, no profissional, como titulares. 

E não são só eles.

Há também Alanzinho, Gabriel Veron, Esteves e Gabriel Silva, nomes importantes nas últimas conquistas da base palmeirense e que possuem um promissor futuro com a camisa alviverde. 

Apesar do sucesso de Gabriel Jesus, em 2015, o Palmeiras seguiu com dificuldades de dar espaço para as crias de sua ‘cantera’ no time de cima ao longo desses últimos 5 anos.

Bons nomes como Vitão, Luan Cândido e Artur foram vendidos com pouquíssimos minutos pelo profissional. A categoria de base virou balcão de negócios de gente que pouco se preocupava com a necessária transição dos jovens para o profissional.  

O alto poder aquisitivo e a ganância de quem comandava o seu futebol fez com que o Palmeiras preferisse sempre gastar milhões em apostas arriscadas e seguisse sem olhar para o seu próprio quintal.

2020 chegou para acabar com essa cultura de mau aproveitamento dos jovens. A conversa de que ‘a pressão da torcida é muito forte’ já não cola mais. O torcedor palmeirense, agora, deve abraçar quem foi criado no seu terreno. 

Menino matou no peito, rolou para Patrick, que mandou a desconfiança, o temor e o descrédito direto no ângulo.