Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Todo palmeirense gostaria de ser Deyverson quando a bola pipocou na área. Todo palmeirense gostaria de ter a perna esquerda de Deyverson para empurrar para o gol. Todo – ou quase todo palmeirense – quis engolir, xingar e tirar Deyverson do Palmeiras em algum momento. Mas o futebol é apaixonante. É coração puro.
O coração palmeirense, hoje, se chama Deyverson. Que não tem todo talento e nem todos os parafusos do mundo. Que não é Evair e nem é Edmundo. Mas é quem estava na área quando Dudu lançou. Quando Willian ajeitou. Quando ele soltou o grito da garganta de tantas vozes verdes. Que viram a esperança se concretizar.
Todo palmeirense é a segurança de Weverton. E de Prass e de Jailson. É o fôlego de Mayke e Victor. Diogo Barbosa e Rocha. E é a segurança de Gomez, Dracena, Antonio Carlos e Luan. A seriedade de Melo, Bruno Henrique e Thiago. A criatividade de Moises, Scarpa, Lima. É o brilho de Dudu. A finalização de Borja. E é a alienação iluminada de Deyverson.
Deyverson é a alucinação de todo torcedor do mundo. É a infância inocente das crianças. O sonho dos grandes. O choro de todos eles. É a crença de Cuca. O filho de Felipao. Quando Deyverson dividiu. Recebeu. Chutou. Quando o alviverde inteiro foi mais – ou tão – brasileiro como nunca.
Que seja assim nosso berro: como o chute do menino em corpo de homem. Assim é o sonho palmeirense. Imprevisível como as respostas das crianças. Lindo e surpreendente como o campeão brasileiro. Gigante e imponente como o Palmeiras. O mais importante para quem sempre cantou e vibrou. O melhor time do país. O legítimo dono do Brasil.