A Pazza Gioia foi a louca alegria dos palestrinos na festa da primeira conquista. O Paulista de 20. 1920. Ano da chamada “loucura do século”: a compra do Parque Antárctica.
Há 100 anos o Palestra impediu o penta do maior rival da época – o Paulistano. Há duas semanas o Palmeiras impediu o tetra do maior rival – o Corinthians.
Em 1920 começava a trajetória de conquistas do maior campeão do século XX – pelos rankings da FOLHA DE S.PAULO, O ESTADO DE S.PAULO, PLACAR E FPF.
Não é fax. É fato. Foi feito. É foda.
Em 2020 ainda tem muito jogo para virar história e voltar a ser o que já fomos. De fato, o que somos.
Se no século passado não foram “necessários” 19 anos de conquistas para ninguém conquistar tantos títulos de peso, este século levamos alguns anos de chumbo é de ferro para reaprendermos a grandeza do que construímos.
Hoje é dia de bater palmas ao Palmeiras. Dia de sair de verde. De celebrar sem ter gol e nem jogo. De lembrar a primeira partida no estádio. Do primeiro gol na memória. Da primeira volta olímpica. Daquele gol abraçado nos pais. Daquela festa pelas ruas com os filhos. Daquele beijo no amor que veste verde da cor dos olhos e do coração. Daquela derrota que juramos que não voltaríamos para no dia seguinte esconjurar nossa jura jumenta. De procurar notícia de compra. De não querer ver de venda. De vendar nossos olhos para os ataques dos outros. De ver com nossa própria verdade o verde que nos vira a vida.
Hoje é dia de Palmeiras.
Hoje são todos os dias.
Eu fui procurar algumas fotos do Palmeiras como presente de 106 anos. imagens de Heitor a Dudu, de Dudu a Ademir da Guia, de Oberdan a Marcos, Edmundo e Evair, Luís Pereira e Leivinha, Djalma Dias e Djalminha, Valdemar Fiúme e Valdemar Carabina, Mazinho e Zinho, César Maluco e Sampaio, Roberto Carlos e Antônio Carlos, Luxemburgo e Felipão, Filpo e Brandão, Djalma Santos e Julinho, Rivaldo e Alex, Paulo Nunes e Oséas, Amaral e Tonhão, Clebão e Bacharel, Jorginho e Pedrinho, Velloso e Sérgio, Valdir e Leão, Edu e Nei, meu pai e minha mãe, meus filhos e meus sobrinhos, minha mulher, minha enteada, meus netos que não nasceram.
Mas que vão ouvir todos esses nomes. Mais alguns que estão nascendo nessa PPP como Patrick de Paula. Pródigos prodígios dessa Parceria Palestra-Palmeiras. Periquito e Porco.
Eu queria ter mais espaço para mostrar mais fotos de ídolos e de craques.
Mas basta mostrar minha família Palmeiras para mostrar que amor incondicional é esse que nos veste de verde.
E se não tivesse o Palmeiras na minha vida?
Quase todas essas fotos não teriam sido tiradas. Quase todas essas pessoas passariam batido. Quase todos esses momentos seriam diferentes.
Provável que a gente amasse incondicionalmente outra camisa.
Mas seria como se eu não tivesse os meus filhos, a minha mulher, os meus filhotes, a minha família, os meus amigos, a minha profissão e a minha vida para amar.
Obrigado, Palmeiras, por dar mais vida à minha vida. Mais família à minha família. Mais amor aos meus amores.