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Torcida cria 'setor anti-covid' para retorno de público ao Allianz Parque; Conheça a SEPFF2

Grupo busca acompanhar os jogos com máscaras apropriadas e mantendo o distanciamento social

Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Divulgação/Ag. Palmeiras)
Torcida do Palmeiras no Allianz Parque (Foto: Divulgação/Ag. Palmeiras)

O torcedor pode comemorar a tão esperada volta aos estádios. Separados por quase dois anos, o amor, carinho e ‘corneta’ das arquibancadas está de volta ao futebol brasileiro, sendo o primeiro jogo do Palmeiras com público no Allianz Parque o confronto contra o Red Bull Bragantino, no sábado (9). Nem tudo, porém, é motivo de festa, dado que a liberação causa receio em alguns que pretender acompanhar os jogos do Verdão de perto.

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Pensando nisso, o antropólogo Yuri Tambucci encontrou uma opção. Juntou algumas pessoas com as quais pretende compartilhar o Gol Norte e formou o SEPFF2, cujo nome é inspirado na máscara PFF2, recomendada contra a Covid-19. O grupo pretende ir aos confrontos do Verdão da maneira mais segura possível, utilizando equipamentos eficazes contra a Covid-19 e mantendo o distanciamento social.

Em contato com o NOSSO PALESTRA, Yuri comentou sua jornada nas arquibancadas, acompanhado o Maior Campeão Nacional há mais de uma década.

– Há mais de dez anos, estar na arquibancada faz parte da minha vida de uma forma muito intensa. É lá que gosto de estar, pra torcer e me sentir vivo. Quem vai na arquibancada não é mais palmeirense que os outros, mas entendo que tem a responsabilidade e a honra de representar cada um dos milhões de pessoas que formam o Palmeiras.

Além disso, o antropólogo explicou os motivos para a criação da SEPFF2 e como o grupo se comportará nos dias de jogos do Maior Campeão Nacional.

– Ficar longe do estádio foi uma necessidade e podemos discutir se era a hora de voltar a abrir as portas. Eu fiquei em dúvida se voltaria ou não, porque, até agora, me mantive o mais isolado possível, sem ver parentes ou amigos. E pensando na volta, as cenas de gente aglomerada, usando máscara de jeitos errados, ou nem usando, me deixaram preocupado. Cheguei à conclusão de que a única forma em que me sentiria à vontade para entrar no estádio e torcer como gosto seria me cercando de gente que tivesse a mesma preocupação. Convoquei, como brincadeira, uma torcida SEPFF2, e bastante gente se animou. Hoje estamos em um pequeno grupo de umas 15 pessoas nos articulando para assistir ao jogo juntos, usando uma boa máscara e mantendo algum distanciamento o tempo inteiro.

– Provavelmente vai ser um processo de adaptação, e vamos entender quais são as dificuldades, principalmente à medida que a lotação do estádio for crescendo. O ideal seria que os organizadores garantissem uma ocupação máxima e distribuíssem e orientassem em relação ao uso de boas máscaras. Mas como isso não deve acontecer, vamos nós mesmos nos cuidar ao máximo como for possível e esperar que mais gente entenda a importância de se proteger e proteger uns aos outros. Enquanto a pandemia estiver aí e a vacinação não avançar no ritmo que deveria, esse vai ser o jeito.

Para a partida contra o ‘Bragabull’, apenas 30% da capacidade do estádio poderá estar presente, devido às restrições do Governo do Estado de São Paulo. Para um torcedor poder comparecer ao jogo, precisa estar completamente imunizado contra a Covid-19 ou, se recebeu apenas uma dose da vacina, apresentar um teste antígeno negativo feito 24 horas antes da partida ou com teste RT-PCR negativo feito nas 48 horas anteriores ao confronto.

Com o ‘setor anti-covid’ do SEPFF2, a partida entre Palmeiras e Red Bull Bragantino será realizada no próximo sábado (9), às 21h (horário de Brasília), no Allianz Parque.

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