(Foto: Montagem/Nosso Palestra/Reprodução Redes Sociais)
Tudo começou em uma conversa entre amigos palmeirenses, que, fanáticos, sempre tiveram a vontade de homenagear os ídolos do clube. Assim, nasceu a primeira bandeira feita pela Febre Verde, o Evair El Matador.
Naquele Peñarol x Palmeiras, em abril de 2017, pela Libertadores, os amigos Bruno Ventonis, Thiago Assafe e Cesar Augusto Rosa, fizeram a estréia das homenagens aos ídolos eternos fora de campo, com objetivo de abrilhantar as arquibancadas durante os jogos do Verdão.
O NOSSO PALESTRA conversou com o criador da página ‘Febre Verde’, no instagram, explicou como surgiu a ideia de fazer bandeiras. César comentou sobre a difuldade de entrar no Allianz Parque com os acessórios e que sempre há uma demora de, no mínimo, 40 minutos para a liberação da entrada e os diversos obstáculos colocados pela Polícia Militar, que mudam a cada jogo. A dificuldade para entrar no Allianz Parque com as bandeiras, estão cada vez mais difíceis, mais burocráticas.
"Uma vez falaram que são bandeiras muito grandes, mas são do tamanho que o código de conduta do Allianz Parque permite, um metro e meio de largura. Depois começaram a falar que precisava de um ofício, só que esse ofício só é dado para Torcidas Organizadas, como sou torcedor comum disseram que eu não preciso", explica.
"E, assim, vão argumentando contra as bandeiras e dando sugestões do que fazer. As sugestões são ouvidas e cumpridas pelo Febre Verde, mas sempre recusadas no momento da entrada da arena", completou.
Um exemplo recente foi na partida entre Palmeiras x Botafogo, no último dia 22, pelo Brasileirão. César disse que foi impedido pela PM de entrar no Allianz Parque carregando as bandeiras. Depois de 40 minutos argumentando, convencendo, o policial, enfim, deu seu veredicto: "não vai entrar com as bandeiras, é impossível".
Na correria para poder entrar no jogo, duas delas se perderam no meio da confusão. Desespero. César não conseguiu ver a partida e após o apito final, depois do desconforto, as bandeiras que homenageiam os ídolos ‘Sérgio e Cleber’ foram recuperadas em meio a torcida.
O criador das bandeiras fica indignado com os diversos obstáculos. As bandeiras não têm mensagens que falte com respeito ou ofenda alguém, pelo ao contrário, faz o torcedor relembrar os bons momentos vividos pelo Palmeiras. Elas ficam no setor do Gol Sul sem atrapalhar a visão de ninguém, enfeitando também o outro lado da arquibancada. São colocadas antes dos jogos e retiradas logo após o final das partidas, sem dar trabalho para terceiros.
Triste.
A questão é que, o futebol está ficando cada vez mais chato. É a Rua Palestra Itália é interditada. Bandeirões homenageando ídolos sendo proibidos de entrar no estádio. A torcida não pode ficar em frente ao estádio para comemorar título… e no meio disso tudo, o palmeirense não sabe mais como torcer. O que fazer. O que cantar. O que falar. Aonde ir. Não pode isso, não pode aquilo, não pode.
Pergunto a vocês: – Ainda pode torcer?