Não sei qual o time que Felipão vai ter na cabeça. Provável que nem ele saiba. Ou tenha plena convicção. Até porque esse elenco é capaz de vencer lindo na Bombonera, nas Arenas do Grêmio e do Corinthians, e se perder feio na própria.
Não sei qual é a deste Palmeiras. Mas sempre soubemos e admiramos e/ou respeitamos os times de Felipão. Um que aí está como poderia estar Luxemburgo. Não é retrocesso. É uma escolha discutível. Como pareceu ser Telê quando chegou ao São Paulo em 1990. O “ultrapassado” e “pé-frio” que quase tudo ganharia até 1996 no Morumbi. Um dos três maiores treinadores tricolores que faria 87 anos no dia em que o Palmeiras anunciou a volta de um dos seus três nomes do Olimporco de técnicos. Até então, não havia clube entre os grandes brasileiros que pudesse escolher dois dos três maiores de sua história disponíveis no mercado. Felipão e Luxemburgo. Feliz o torcedor que pôde ser dirigido por eles.
Mas nem se voltasse o Felipão de 1999 ou o Luxemburgo de 1996 seria tiro certo e cego. Por mais que eles saibam, não se sabe o que vai ser. Ainda mais com jogadores que hoje têm todo tipo de informação. Não necessariamente conhecimento.
Felipão, minha mãe ou qualquer outro muitas vezes são apenas pessoas “mais velhas” para os mais novos que não querem saber de história além da “você não sabe o que eu passei”. Sentir, de fato, só cada um. Mas todos precisam conhecer mais a história e quem a fez como Felipão. E pode refazer.
Desde que entenda que os jogadores de hoje são diferentes dos de ontem. São mais difíceis de tratar, mais fáceis de tretar. Mensagens têm de ser bem claras. Diretas. 280 toques no Twitter resolvem mais que um toque pessoal. DM é melhor que DR. Manda áudio no WhatsApp que talvez chegue melhor a mensagem do que o contato direto.
É o que temos e somos. É o jeito hoje de ganhar ou não perder os vestiários que Felipão soube ganhar como os campeonatos.