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Tudo na santa Prass, em 2016. De tirar o chapéu

Tudo na santa Prass, em 2016. De tirar o chapéu

.Ele apontou o canto para o Lucca. Ele não falou que "acabou" como havia dito a Petros. Ele sabia que nada acabaria ali. Mas poderia começar naquela defesa mais uma virada verde. Não tem nada perdido quando tudo é palmeirense.
Fernando Prass foi lá defender então o décimo pênalti pelo Palmeiras desde 2013. O primeiro foi contra o Icasa, no Pacaembu que estava como sempre foi: nossa casa, minha vida. Radamés bateu rasteiro na direita. Nem rebote ele deu.
O segundo era o último corintiano na disputa pela semifinal do SP-15. Era o camisa sete do Corinthians contra o camisa 1 do Palmeiras. Você já viu isso antes, em 2000. Prass defendeu o de Elias. E defenderia no outro canto o de Petros. O da classificação em Itaquera. No mesmo canto baixo onde espalmaria o de Marinho, do Cruzeiro, no Mineirão, pelo BR-15.
O de Gustavo Scarpa também foi no pior canto pro goleiro, o esquerdo. Foi mais alto. Mas não foi mais longe que Prass, que eliminou o Fluminense nas semifinais da Copa do Brasil. Na decisão, o santista Gustavo Henrique bateu o sexto. Ele foi buscar no canto direito rasteiro, antes de ele bater e dar o gol do tri.
No Uruguai, Prass defendeu difícil um de Fernández do Nacional, no canto esquerdo. Defendeu o de Ramirez ainda mais difícil no mesmo canto. Na Libertadores, contra o Rosario, Ruben chutou forte na direita. Prass defendeu com a mesma categoria com que negaria o de Lucca.
Ele quase sempre canta o canto. O batedor às vezes vai na dele. Mas é ele quem vai certo. O servo de Deus Fernando ainda não é santo. Mas faz o diabo nos pênaltis.
No Pacaembu, onde defendeu o primeiro dos até então 10, ele fez a defesa e fez a festa como faz todo goleiro. Sozinho. Ele defendeu pelos 11 e por milhões que só pararam de gritar pela defesa 1min13s depois. Quando a bola foi cruzada e Dudu fez de cabeça. O Gol do Chapéu. O do boné do Wanderley Nogueira da Jovem Pan que o Dudu foi buscar na cabeça de outro craque para desfilar como o Palmeiras que voltou a vencer o maior rival depois de 19 anos no nosso Porcoembu.
Era o Alviverde inteiro quem fez o gol. Era o Prass que não parou de celebrar a defesa e puxar o grito. O cara que mais merecia estava ali sozinho fazendo festa. Mas ele sabe mesmo que foi a técnica, a força, a velocidade, a sabedoria, o estudo, a explosão, a tarimba e a sorte que fizeram a defesa. Sorte dele. Fortuna nossa de ter um goleiro como ele.
Não se vê o gol de Dudu na filmagem do Gaúcho da TV Globo. Mas se ouve aquilo que o Pacaembu já sabia. E o palmeirense em todo canto sabe desde 1999.
Pênalti só é penalidade máxima para os rivais.
Seguiu tudo na mesma. Tudo na santa Prass.
Faz quatro anos hoje, no Dia do aniversário do Divino e do menino Jesus.
Dia do Dudu fazer um gol de tirar o chapéu.
Tinha que ser no dia de festa para o Ademir da Guia.
Dudu e Ademir. Coração e cabeça de toda a Academia.