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Um ano do deca: hora de recomeçar do dez, não do zero

Deyverson tem chances de ser utilizado já na próxima semana pelo Verdão (Foto: Divulgação/Palmeiras)
Deyverson tem chances de ser utilizado já na próxima semana pelo Verdão (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Há um ano o Palmeiras ganhava o deca em São Januário. Gol de Deyverson. O centroavante que a gente não queria pintado de verde em 2017. O não tão Menino e ainda mais Maluquinho que a gente não quer ver em 2019. Quando tudo deu errado. Ou deu Flamengo.

O Palmeiras ainda tem uma semana para tentar "carimbar a faixa" como se dizia na época que só o Verdão tinha copas nacionais e o rival, não. Agora vemos o segundo continental rubro-negro ser conquistado menos de 24 horas antes de mais um Brasileiro do Flamengo. E pela derrota palmeirense em casa contra o Grêmio que sobe… E com o Santos ultrapassando na tabela… E com o Palmeiras empacado naquela conquista no Rio…

Ainda é a melhor campanha nos pontos corridos. Estamos mais uma vez bem acostumados. Mas queremos mais. Por isso ganhamos mais que os outros. Campeões do século XX. Maiores campeões nacionais. Quando está 10 x 0 cornetamos pedindo 11. Somos exigentes. Chatos.

Mas não podemos arrasar a casa como um dia arrasamos a maior sala de troféus. Não é destruindo o muito que foi feito que iremos recomeçar do 10.
Embora até seja esse o mote. Não a morte.

Usar mais a base não se discute. Está na cara que "sim" e está em casa que "claro que sim".

Mas repensar a direção e mesmo a comissão técnica é necessário. Com coragem e equilíbrio.

Não é "fora Mattos" e nem "Mano não". É discutir o que queremos em 2020. E o que podemos.

Porque é possível. É Palmeiras.

Na lata, ainda considero o saldo positivo de Mattos no Palmeiras. Mas o desgaste é enorme. Se ele conseguir trocar Joao Félix por Carlos Eduardo com o Atlético de Madrid, e mais um dinheiro para o Palmeiras, vão dizer que é esquemattos. Miccos. O que for. Mesmo sem ter sido.

O futebol do clube chegou a um alto nível (também pelo trabalho dele) que independe do chefe do departamento. Eu ainda apostaria em Mattos se houvesse menos pressão. Porque até os gols de Gabriel Barbosa em Lima se colocam na conta dele.

Bruno Henrique era interesse que não veio porque o Santos fez o certo ao vendê-lo para um rival mais distante. O problema é como fez errado o Palmeiras ao torrar ainda mais dinheiro em Carlos Eduardo.

Mas vou parar por aqui. Parece que pego no pé do Carlos Eduardo como pegam no pé do Mattos.

Perseguição nunca faz bem. Até porque bom mesmo é ser perseguido. Como somos por cromossomos.