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Uma conversa com o futuro e a gratidão pelo passado

Uma conversa com o futuro e a gratidão pelo passado

Não era exatamente um jogo com relevância. Não tinha grande apelo. Teve uma escalação diferente, uma ideia e algumas apostas. Foi com Lucas Lima e Veiga, juntos. Foi com Dudu como uma espécie de nove. Foi com Edu Dracena de capitão, em seu gesto final no futebol. A noite começava a se tornar especial.

Demorou pouco até que Lucas Lima mostrasse o desperdício diário que é. Gastou um pouco de seu talento inato para driblar e encontrar Zé Rafael para abrir o placar. O meia infiltrando pro ponta que ocupava a vaga do nove. Era uma resposta efetiva do jogo para a proposta de Andrey Lopes, o Cebola, que comanda a esquadra alviverde neste final de ano.

Foi com Zé Rafael e Dudu tabelando, sem posição fixa, que o Palmeiras chegou ao segundo gol e coroou a boa atuação que vinha tendo. E com a vantagem que seria mantida até a entrada de Gabriel Veron, o brilho de futuro do Palmeiras. Com minutos em campo, a bola esteve em seus pés para que ele pudesse marcar seu primeiro gol, aos dezessete ano, com a camisa pesadíssima já que veste.

Ele e Dudu, o presente/passado e o presente/futuro começaram a dialogar poeticamente com a bolas nos pés. Encheram os olhos de uma torcida que ansiava por esse momento. Talento in natura, sem receios, com o sonho de um e o histórico de outro, com a qualidade de ambos e o imenso apoio de todo torcedor, a dupla fez acontecer. Assistência, dois gols pra cada. Um 5 a 1 de lavar as dores e preencher a fé.

Por debaixo das luzes da dupla, Matheus a Fernandes oferecia uma sessão de desapego ao passado que agora mora em Dallas e poderá viver na Turquia. Jogou, desarmou, lançou para dois gols, convenceu uma gente chata e exigente. A nossa. Ofereceu a mão rumo a 2020. Basta usar.

Por fim, Edu disse adeus. Adorado por todos, respeitado pelo universo, homem de imenso caráter, índole inquestionável. Uma história linda que se encerra. E na palavras dele mesmo: “encerro feliz e honrado por ter sido aqui”. Foi uma imensa honra pro verde em tê-lo. Que agora deixa o futuro com Matheus, com Gabriel, com talento, leveza e paz.

Existe luz, e meninos, pra 2020.