Um dos maiores camisas 10 da história do Palmeiras, o meia Alex concedeu entrevista exclusiva ao Nosso Palestra nesta segunda-feira. Alex ficou marcado na história do Verdão principalmente pela conquista da Libertadores de 99, sendo um dos grandes nomes daquela campanha.
Especialista quando o assunto é Palmeiras e Boca Juniors, o ex-jogador relembrou o passado polêmico de jogos contra os argentinos e também deu a sua opinião sobre a semifinal que se inicia amanhã na La Bombonera.
Confira o bate papo:
NP: Chegou a hora do Palmeiras vingar aquela injustiça de 2001? Acredita que o alviverde consegue passar pelo Boca?
Alex: De forma nenhuma. O Palmeiras tem que jogar pelo Palmeiras. Por esse time atual, pelo seu torcedor que incentiva, pelo clube que investe, pelo bom treinador que tem, pelos bons jogadores. 2000 e 2001 é história, já passou. Infelizmente eu e aquele grupo de jogadores do Palmeiras fomos prejudicados, mas não volta mais. Esse sentimento não tem que existir. Esse grupo de hoje juntamente com o Felipe tem que ir lá pra jogar bola e trazer um bom resultado pro Brasil.
NP: Na sua época não existia a regra do gol fora de casa. Que dica você dá pro Palmeiras fazer gols na casa do Boca, uma vez que você já balançou as redes do mítico estádio…
Alex: Não precisa de dica né. O Palmeiras tem o Felipão como treinador, conhece bem o clube, a competição. Já tem tenpo hábil pra conhecer o seu grupo de atletas. Este mesmo grupo já venceu bem lá na fase de grupos. A La Bombonera tem uma mística incrível que o Boca criou, mas tem uma atmosfera fantástica pra jogar futebol.
"Alex marcou um dos gols do empate no fatídico dia de Roubaldo Aquino" Foto: Diego Diaz/Diário Olé
NP: Você acha que o Palmeiras deve se portar da mesma forma que jogou na fase de grupos. Sem medo…
Alex: Acredito que o Palmeiras já tem a sua maneira de jogar. Se defende bem, se protege bem, já sabe como tem que sair pro ataque. Sabe como o Felipe gosta de construir sua marcação. Não tem muita novidade, o Palmeiras vai jogar em cima do que tem de melhor feito até o momento. E vai lá pra jogar futebol, como tem que ser, pra tentar um resultado que possa facilitar a volta aqui em São Paulo.
NP: Você concorda com esse papo de que esse é o melhor Boca da história? Aquele de 2001 com o Riquelme era infinitamente melhor não?
Alex: Olha eu não sou nenhum profundo conhecedor da história do Boca. Mas em 2000 e 2001 eu vi dois Bocas de perto, também vi aquele Boca de 2007 campeão em cima do Grêmio, e todos eram melhores que esse. Não ouvi esse papo, mas quem disse isso ao meu ver não condiz com a realidade. É um Boca forte, time de muita tradição, o Schelotto tem história no clube, campeoníssimo com essa camisa. Vai passar tudo de informação que tem sobre o Palmeiras. Vai ser um time aguerrido como o Boca sempre é, mas pra ser o melhor da história acredito que não esteja nem na lista dos melhores. Já tive a oportunidade de enfrentar e ver Bocas melhores do que esse.
NP: Na sua visão que peso o Felipão tem para a arbitragem? Acredita que a imagem dele pode ajudar o Palmeiras, uma vez que os argentinos possuem um histórico de ajuda dos juízes…
Alex: Peso do Felipão é enorme para arquitetar né, pra imaginar o que o seu time pode fazer. Infelizmente quanto a arbitragem ninguém pode fazer nada. A palavra final sempre é do árbitro. Essa situação de bastidores realmente os argentinos são mais fortes que nós brasileiros. Não só o Palmeiras, acredito que o Grêmio também terá dificuldades com a arbitragem. Mas o Palmeiras tem time pra sobrepor essas dificuldades todas. Nós do lado de fora vamos torcer pra que a arbitragem não influencie e que o resultado seja justo. Dentro disso vou torcer para que o Palmeiras seja melhor que o Boca nos 180 minutos e alcançe mais uma final contra o Boca.
Alex possui 6 jogos diante do Boca com a camisa do Palmeiras. Foram 5 empates e uma vitória. Apesar da invencibilidade, em quatro empates o Palmeiras levou a pior nas penalidades e perdeu a chance de título da Libertadores, tanto em 2000 na grande final, quanto em 2001 na semi.
Relembre como foi o jogo entre Boca Juniors e Palmeiras na La Bombonera pelo primeiro jogo da semifinal da Libertadores de 2001. Schelotto, hoje técnico xeneize empatou a partida em um pênalti bizarro marcardo pelo árbitro: